Já no começo da trama, uma cena bem forte: mãe e filha trocam tapas. "A Inês [Adriana Esteves] idolatra a
personagem de Gloria Pires, Beatriz [
como Glamurama já contou aqui]. O foco da Inês nunca está na filha, Alice. Imagina você ser criada em Dubai, outra cultura, e sem ser prioridade pra sua mãe? Os conflitos vão surgindo, se intensificando, elas batem de frente, mas não se largam. Por que elas continuam juntas se estão sempre se expondo e se agredindo? Não sei. Sobre essa cena dos tapas, não aguentava mais esperar para gravar. Foi o máximo. Na hora, foi só botar pra fora o que tinha lido. A Adriana estava maravilhosa. Na verdade, é tudo coreografado. Tem uma certa distância, é uma sensação visual de tapa. E a força do texto, claro. Dar um tapa na mãe é muito forte."
Sangue quente
"A intensidade do personagem não é pra ser domada. Me entrego, aproveito quando tem cena forte. Latino é quente: a gente briga, ri, chora. Ela tem cenas fortes de paixão com o Murilo, mas confio muito na direção. Isso não é uma questão pra mim. Estou cem por cento focada em me colocar em xeque. Não posso fugir das oportunidades que eu corri atrás. Quero evoluir como artista. Não penso em conquistar o Brasil, penso no jogo de cena, em dar o meu melhor. O set é que me move."
Autoanálise
"É muito engraçado quando a gente fala da gente mesmo. Acho que em entrevistas como essa, acabo pensando mais sobre mim. Tenho 25 anos, estou em um processo de amadurecimento. Como já trabalho há alguns anos, acho que a experiência acaba sendo mostrada no ar. Meus personagens têm questões que nunca tive e que me obrigam a refletir sobre outras coisas. Pra mim, é um sonho se realizando. Espero trabalhar com isso para o resto da vida. Sempre quis ter essa liberdade, conquistar minha independência." Em tempo: pra quem ainda não sabe, Sophie ficou noiva de Daniel de Oliveira. "Ainda não pensamos em uma data. Estamos superfelizes, curtindo o noivado."