E quando todo mundo já havia desistido, Glamurama, com um pouco de jogo de cintura, conseguiu entrevistar Chico Buarque, que saiu da toca nessa terça-feira para prestigiar, no Rio, a pré-estreia da versão para o cinema de seu livro "Budapeste".
* Não foi fácil. O elenco do filme se reuniu em um restaurante próximo à sala de exibição, mas Chico foi o último a chegar. As pessoas nem acreditavam mais que ele pudesse comparecer. Assim que foi visto, o cantor e compositor foi envolvido por uma multidão de fotógrafos e repórteres. No meio da confusão, ele, que já é conhecido pela timidez, não atendeu quase ninguém.
* Mas perguntamos o que o tirou de casa, já que o músico é nome mais do que raro em qualquer evento social. "Walter Carvalho, o diretor do filme! Para este homem não se diz não". Chico repetiu a mesma resposta quando perguntado sobre o motivo de ter aceitado fazer uma participação como ator. E completou: "Você vai ver grandes revelações… Foi um papel difícil porque minha fala era em húngaro".
* A adaptação da obra para a telona não é novidade. "É o meu terceiro romance que virou filme. E antes disso teve a Ópera do Malandro… Não foi difícil me convencer a fazer isso, não. Sou facinho, facinho".
* Aproveitando o gancho de "Falso Leblon", música nova de Caetano Veloso que fala do incômodo com os paparazzi, quisemos saber de Chico se ele continua com dificuldade de lidar com os fotógrafos. "Que história é essa que fujo de paparazzi? Estou aqui hoje", brincou. Depois disse: "Procuro não estar no caminho deles, mas estão sempre por aí e não posso fazer nada. Não tenho esse problema enorme com isso, não. Fiquei um ano e meio fechado mesmo, mas era por causa do meu livro ‘Leite Derramado’, que acabei de lançar. Agora estou de férias, e curtindo muito".
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