Caetano Veloso encerra sua turnê internacional de “Abraçaço” na noite desta terça-feira, com um grande show na cidade de Mendoza, na Argentina. Em sua estadia no país, ele concedeu uma entrevista ao site do jornal “Los Andes”, na qual falou sobre rock, fama, drogas e ainda explicou o seu apoio a Marina Silva.
A publicação faz a mesma pergunta que Caetano fez a Mick Jagger em 1983: “Como você enquadra o gênero do rock dentro do vasto universo musical?” “O rock era o lixo cultural. Quando os Beatles deram sua versão desta onda criada por Elvis, tudo mudou. Hoje, o rock é o gênero mais prestigiado da canção popular. Mas, se pensarmos bem, o mesmo aconteceu com samba, jazz e tango”, respondeu o cantor.
Sobre a preparação para uma turnê deste porte, Caetano revelou que nunca fez exercícios físicos: “Eu sou muito preguiçoso e desorganizado. Por outro lado, nunca tive o hábito de usar drogas”.
Caê também respondeu sobre a fama, aos 72 anos. “Fui anônimo até os 24 anos. E eu sou em muitos lugares do mundo. Na maioria (risos). Posso dizer que fama e anonimato têm vantagens e desvantagens. E ser famoso ou não, não muda nada de essencial em nossa condição de mamíferos mortais”.
Para encerrar a entrevista, ele explicou seu apoio a Marina Silva no primeiro turno da eleição presidencial brasileira: “Votei em Marina em 2010 e agora. Ela é uma mulher cuja vida pessoal e política representa os fatores mais importantes da vida brasileira: formação racial e nossa luta para superar a desigualdade e o desperdício”.
*Após o show em Mendoza, Caetano Veloso retorna ao Brasil, onde se apresenta em Teresina, no próximo dia 22, e em Macapá e em Belém, em janeiro, encerrando a turnê.
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