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O lounge do Glamurama recebeu uma visita abençoada nessa quarta-feira: a do monge budista Kyohaku Correia, arcebispo e principal figura na hierarquia do Budismo Primordial HBS. Ele foi convidado para assistir ao desfile de Erika Ikezili. Confira o bate-papo.

* Qual é a linha do budismo praticada por vocês?
"É o budismo mais antigo no Brasil. Está há 101 anos aqui e chegou junto com o primeiro navio de imigrantes japoneses. Somos brasileiros e hoje temos cada vez mais monges brasileiros. É que houve uma nacionalização do budismo e conseguimos encontrar uma linguagem para a religião  por aqui. Agora usamos o português e a expressão facial, a compaixão, que é o encantamento e não um idioma."

* Você sabia que o tema dessa edição da SPFW é "Linguagens"?
"Não sabia, mas a moda é uma excelente forma de expressão, da pessoa se mostrar autêntica, original. Mas tem que vir de fora para dentro e de  dentro para fora. Quando há o encontro dessas duas formas de embelezamento é que o encantamento acontece. Viemos aqui porque não dá para não conhecer esse outro lado, não dá para ficar isolado."

* Suas roupas são super elaboradas. Como lidam com a vaidade?
"Não temos a capacidade de anular a vaidade. Devemos aprender a conviver com ela de modo que não se torne nossa inimiga. A moda é necessária, tudo o que existe tem uma função de existir. A pessoa tem que ser vaidosa sem depender, buscar sem sufocar."

Monge Kyohaku Correia: primeiro contato com a moda

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