Alexandre Birman começou a fazer sapatos aos 7 anos, na fábrica que ficava nos fundos da casa do avô dele. Hoje, o dono da Schutz está prestes a inaugurar a primeira loja da marca premium, a Alexandre Birman, que começou a ser vendida primeiro dos Estados Unidos, há menos de dois anos, e hoje é encontrada em 40 pontos de venda pelo mundo. Para explicar o motivo de tanto sucesso, o empresário passou na Casa Glamurama para um bate-papo.
Como foi o início da marca Alexandre Birman?
“Ensaiei a Alexandre Birman dentro da Schutz. A marca se chamava Schutz São Paulo. Eu queria testar a consumidora. A linha foi muito bem aceita, então fiz a primeira coleção da marca com o meu nome. Fui direto procurar a Bergdorf Goodman. Foi difícil, mas conseguimos abrir a porta. Depois veio a Saks, também nos Estados Unidos.”
Como conseguiu atingir o sucesso tão rápido no mercado mais concorrido do mundo?
"Fizemos um trabalho de assessoria de imprensa forte. Em maio de 2009 saiu uma entrevista minha na ‘Vogue’ norte-americana. Lá também funcionou muito o trabalho de personal stylist. Contratamos uma assistente da Rachel Zoe, em maio de 2009, e em pouco tempo meus sapatos começaram a aparecer nas revistas e nos pés de Kate Hudson, Courteney Cox. Mas a qualidade do sapato foi determinante."
E a loja de São Paulo, vai abrir quando? Como é a decoração?
“Vou atrasar em alguns dias a inauguração prevista. Agora ela abre no próximo dia 5. A arquiteta Carolina Maluhy fez um projeto superelaborado. Toda a loja é revestida de camurça com detalhes de latão envelhecido. A fachada é um patchwork de quadrados de mármore, como uma escultura. No meio do mármore, apenas cinco cubos de vidro, em que estarão cinco sapatos. O conceito é o de uma joalheria.”
E os modelos, como são?
“O forte da coleção é o couro de cobra. Considero meu sapato um ‘lifetime’. Você tem a informação da moda sem cansar. Serão 40 modelos com apenas seis itens de cada. Também terei o famoso meio ponto que tanto falta no Brasil. Os sapatos também poderão ser encomendados.”
Quem é a mulher que calça Alexandre Birman?
“A mulher assumida, que se sente poderosa. Definitivamente não é para a mulher romântica. Ontem chegou uma ankle boot de python preta que a Johanna (Stein, mulher de Alexandre) calçou de camisola e só tirou para dormir. Presto atenção no que a Johanna escolhe, confio muito no gosto dela.”
E a sucessão do Grupo Arezzo? É mesmo em 2011 que você vai suceder o seu pai, Anderson, na presidência do grupo?
“É verdade, a sucessão está prevista para o ano que vem, mas é difícil vestir os dois chapéus. Esse era um plano quando a marca não era tão forte. Agora assumi o “estilista Alexandre”. Vamos ver o que será melhor para a empresa. Mesmo assim, no mês de maio vou fazer um curso na Universidade de Harvard, em Boston, de administração de empresas para donos e presidentes. Serão 30 dias morando no campus. A Johanna vai ficar em Nova York, vamos nos ver nos fins de semana.”
E planos para o futuro?
“A próxima loja Alexandre Birman, que será em Nova York. Ainda é um sonho, mas é o meu projeto. Tem uma frase do meu pai que uso muito: ‘O resultado atingido é apenas a base para alcançar a próxima etapa’.”
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