GOLEADA LITERÁRIA NAS GERAIS
Começa nesta sexta-feira, 14, e vai até o dia 23, a segunda edição da Bienal do Livro de Minas, que está apostando em muitos números e na Copa do Mundo para transformar Belo Horizonte na capital da literatura pelo menos durante os dez dias do evento.
Tendo aumentado a área ocupada em 50% em relação à edição anterior, a Bienal receberá mais de 90 autores em 86 sessões culturais, no total, entre debates, apresentações teatrais e contação de histórias, sendo que a expectativa de público é de cerca de 250 mil pessoas.
Como atração deste ano, será inaugurado o espaço Goleada Literária onde a organização do evento pretende reunir jornalistas esportivos, comentaristas e autores para falar de futebol e, sobretudo, de Copa do Mundo. É verdade que este assunto, às vésperas da competição, concentra atenções no mundo inteiro e principalmente no Brasil, e que alguns livros sobre o tema foram publicados recentemente como “Minha Paixão pelo Futebol”, do ex-jogador Júnior, e “Pelé 70”, que Pelé lançou com imagens raras e inéditas de sua carreira, em comemoração ao seu aniversário de 70 anos, mas não se deve confundir a “paixão nacional” com boa literatura.
Ok. É possível encontrar bons textos que tenham o futebol como tema. Então, lembra-se imediatamente do mestre Nelson Rodrigues (1912-1980) e, por exemplo, o livro “À Sombra das Chuteiras Imortais” (Cia. das Letras): uma coletânea de crônicas esportivas reunindo setenta textos que ele escreveu para a extinta revista “Manchete Esportiva” e “O Globo” entre os anos de 1955 e 1970. As crônicas cobrem o período do futebol brasileiro que vai da derrota do Brasil para o Uruguai, na final da Copa de 50, em pleno Maracanã, à conquista definitiva do tricampeonato no México, em 1970, passando pelas emoções que transformaram a ideia que o brasileiro fazia de si mesmo, descritas saborosamente pelo escritor.
Agora, convenhamos, Nelson Rodrigues era Nelson Rodrigues.
OS MAIS VENDIDOS NA VILA 30/04 a 07/05
Ficção
1. “A Elegância do Ouriço”, Muriel Barbery (Cia. das Letras)
2. “Invisível”, Paul Auster (Cia. das Letras)
3. “Juliet, Nua e Crua”, Nick Hornby (Rocco)
4. “Verão”, J. M. Coetzee (Cia. das Letras)
5. “Trem Noturno para Lisboa”, Pascal Mercier (Record)
6. “Bordados”, Marjane Satrapi (Cia. das Letras)
7. “Poesia Completa”, Manoel de Barros (Leya)
8. “Querido John”, Nicholas Sparks (Novo Conceito)
9. “N.D.A”, Arnaldo Antunes (Iluminuras)
10. “Uma Esposa Confiável”, Robert Goolrick (Alfaguara)
Não-ficção
1. “Um Certo Verão na Sicília”, Marlena de Blasi (Objetiva)
2. “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, Leonardo Narloch (Leya)
3. “Paulo Francis – Polemista Profissional”, Paulo Eduardo Nogueira (Imprensa Oficial)
4. “Cozinha Natural Gourmet”, Tatiana Cardoso (DBA)
5. “As Melhores Viagens do Mundo”, Graig Doyle (Publifolha)
6. “Sigmund Freud – (1911 – 1913)” – Vol. 10 (Cia. das Letras)
7. “Sigmund Freud – (1914 – 1916)” – Vol. 12 (Cia. das Letras)
8. “Comer, Rezar, Amar”, Elisabeth Gilbert (Objetiva)
9. “A Viúva Clicquot”, Tilar J. Mazzeo (Rocco)
10. “Criação Imperfeita – Cosmo, Vida e Código Oculto”, Marcelo Gleiser (Record)
Por Anna Lee
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