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Glamurama aproveitou a passagem rápida da modelo e atriz etíope Liya Kebede pelo Rio, nessa terça-feira, para bater um papo com a moça, durante a pré-estreia carioca do filme "Flor do Deserto", baseado na autobiografia da também modelo africana Waris Dirie, hoje embaixadora da ONU.
* Liya é a protagonista do filme, que aborda uma das causas centrais pelas quais as duas modelos resolveram brigar fora das passarelas. "Ela saiu do deserto da Somália ainda menina, fugindo de um casamento arranjado. Foi trabalhar como empregada em Londres, começou a desfilar e, quando já estava no topo da carreira, decidiu revelar que havia sofrido mutilação genital. Essa prática ainda é comum nos dias de hoje, inclusive no meu país e entre imigrantes nos Estados Unidos e na Europa".
* Liya é embaixadora da boa vontade na Organização Mundial da Saúde e tem uma fundação com o nome dela na Etiópia. "Meu trabalho principal é com o acompanhamento pré-natal e contra a mortalidade infantil, um grande mal nos países mais pobres". Mãe de duas crianças, ela não as criaria na África. "Meu lar é em Nova York, apesar de minha família continuar na Etiópia. Mesmo assim, acho muito importante mostrar para meus filhos o equilíbrio entre esses dois mundos", disse a modelo, que mora há 12 anos nos Estados Unidos.
* Liya está supercontente com a oportunidade de a África ser sede da Copa. "É essencial chamar a atenção para o continente. Estou assistindo a todos os jogos, de verdade. A expectativa maior era conseguir ver um país africano vencer pela primeira vez a competição…"
* É a segunda vez da moça no Brasil, mas a primeira no Rio. "Estive antes em São Paulo e pude aproveitar bem a cidade, ir a bons restaurantes. Mas só tive um dia no Rio e choveu o tempo inteiro. Amanhã, vou embora sem conseguir conhecer as praias, o que eu queria tanto". Fica pra próxima, Liya. Convites não vão faltar!

Liya Kebede: engajamento pela defesa dos direitos das mulheres

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