“A História da Eternidade”, primeiro longa de ficção do pernambucano Camilo Cavalcante, foi o grande vencedor do 6º Paulínia Film Festival, que terminou na noite desse domingo na cidade paulista. O filme levou os troféus Menina de Ouro de Melhor Filme, Diretor (Cavalcante), Ator (Irandhir Santos) e Atriz (dividido entre Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Debora Ingrid).
O filme conta três histórias de amor e desejo em um pequeno vilarejo do sertão nordestino, que revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Em uma delas, um artista (Irandhir) ajuda a sobrinha (Ingrid) a ver o mar pela primeira vez. Em outra, uma viúva (Cartaxo) começa a abrir seu coração para o cego do vilarejo. Na terceira, uma avó (Zezita) recebe a visita do neto que regressou de São Paulo, fugindo de um passado turbulento.
“Casa Grande”, primeiro longa de ficção de Fellipe Barbosa, também ficou com quatro prêmios: Especial do Júri, Ator Coadjuvante (Marcello Novaes), Atriz Coadjuvante (Clarissa Pinheiro) e Roteiro (Fellipe e Karen Sztajnberg). O filme conta a história de Jean, adolescente de 17 anos de classe alta no Rio de Janeiro que faz suas primeiras descobertas afetivas e sexuais, enquanto toma consciência das divisões de classe e de raça ao seu redor.
“Boa Sorte”, de Carolina Jabor, história da relação entre um adolescente de 17 anos e uma moça com problemas psiquiátricos (Deborah Secco) ficou com o Prêmio do Público e Direção de Arte (Claudio Amaral Peixoto). “Sangue Azul”, de Lírio Ferreira, levou os troféus de Melhor Fotografia (Mauro Pinheiro Jr) e Figurino (Juliana Prysthon). Também foram premiados o musical “Sinfonia da Necrópole” (Melhor Trilha Sonora), o documentário “Aprendi a Jogar com Você” (Montagem) e o docudrama “Castanha” (Som).
Entre os curtas-metragens, “O Clube”, de Allan Ribeiro, sobre um antigo clube de drag queens no Rio, foi o grande vencedor com quatro prêmios: Menina de Ouro de Melhor Filme, Direção, Prêmio do Público e da Crítica (Júri Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema). “O Bom Comportamento”, de Eva Randolph, levou o Prêmio Especial do Júri e “Edifício Tatuapé Mahal”, de Carolina Markowicz e Fernanda Salloun, o prêmio de Melhor Roteiro.
Ao longo de cinco dias de sessões gratuitas e abertas ao público, o festival recebeu um total de 24 mil espectadores. A cerimônia de encerramento foi apresentada pelos atores Caio Blat e Tainá Muller.
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