Vestir roupa nova sem lavar pode prejudicar sua saúde? Aprenda a se proteger contra possíveis riscos

Imagem: Reprodução/Freepik

À medida que o final do ano se aproxima, a tradição de presentear e renovar o guarda-roupa fica em evidência. Entretanto, no ímpeto de estrear vestimentas recém-adquiridas, muitas pessoas acabam por utilizá-las sem a devida lavagem prévia, uma prática que pode acarretar riscos à saúde dermatológica, segundo especialistas.

As roupas, antes de alcançarem os consumidores, passam por um longo trajeto que envolve múltiplas manipulações e provas, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias e fungos nos tecidos. Além disso, há o perigo da transmissão de condições como a escabiose, causada por ácaros, bem como a infestação por piolhos, pulgas e percevejos.

A dermatologista Regina Buffman, de Brasília, ressalta a importância da higienização das peças antes do uso. “O contato com substâncias químicas como corantes e conservantes, além de micro-organismos e insetos, pode resultar em irritações cutâneas, coceiras e alergias. Em casos mais graves, até dermatites podem ocorrer. Lavar as roupas novas é fundamental para preservar a saúde”, explica Buffman.

O biomédico Roberto Figueiredo, conhecido pelo apelido Doutor Bactéria, realizou análises em vestuário novo para identificar potenciais agentes nocivos. “Detectamos coliformes fecais, bactérias originárias de furúnculos e feridas e uma quantidade considerável de poeira em peças aparentemente limpas. Por isso, recomendo tratar as roupas novas como itens usados e bem sujos”, adverte Figueiredo.

A dermatologista Fernanda Bombonatti, da clínica La Belle Cutanee em São Paulo, também enfatiza a necessidade de lavar roupas novas antes do uso. “Desconhecemos o histórico de manipulação e transporte das peças até chegarem a nós. Isso representa um risco significativo. Quando se trata de roupas infantis, os cuidados são geralmente redobrados; entretanto, adultos frequentemente ignoram esses procedimentos básicos”, observa Bombonatti.

Os especialistas foram consultados pelo Metrópoles.

Sair da versão mobile