A prática de atividades físicas em intervalos curtos, como subir escadas, pular cordas ou até mesmo dar uma volta ao redor do quarteirão, vem se destacando como uma estratégia eficaz para mitigar os efeitos do sedentarismo e promover a saúde de maneira integral.
De acordo com o endocrinologista Ricardo Barroso, integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), os chamados “snacks de exercícios” são especialmente vantajosos para indivíduos com sobrepeso ou obesidade, além daqueles que enfrentam doenças crônicas associadas ao acúmulo de gordura, como diabetes tipo 2 e hipertensão. “Essas pessoas muitas vezes encontram dificuldades em manter uma rotina regular de exercícios”, explica Barroso.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que os adultos realizem entre 150 a 300 minutos de atividade física por semana. Contudo, para aqueles que não conseguem atingir essa meta, os exercícios curtos surgem como uma alternativa prática e eficiente em termos de tempo. “Pesquisas indicam que essas atividades intensas, com duração inferior a dois minutos, podem ser mais acessíveis do que treinos prolongados”, destaca o especialista.
É importante ressaltar que a escolha do tipo de exercício deve considerar a faixa etária e as condições físicas de cada indivíduo. Barroso fornece exemplos práticos: um jovem que trabalha em home office pode optar por agachamentos, burpees ou polichinelos, movimentos frequentemente utilizados nas aulas de educação física. Por outro lado, um idoso pode realizar o simples ato de sentar e levantar de uma cadeira sem apoio das mãos, realizando entre 15 a 30 repetições conforme sua capacidade física.