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Giovanna Antonelli emana uma energia diferente: vibrante e ligada no 220 volts. Animação é com ela mesma, mas agora a atriz só quer saber de meditar

Por Thayana Nunes para a Revista J.P de agosto | Fotos: Maurício Nahas | Styling: Rodrigo Grünfeld e Ale Duprat | Beleza: Lavoisier

Gio veste blazer Balmain para Peguei Bode, calça Karin Matheus, choker Rommanel, pulseira Carolina Neves

Mau tempo? Não existe isso para a atriz Giovanna Antonelli. Em meio às gravações de “Segundo Sol”, novela das 9 da Globo, ela pegou sua única folga da semana e desembarcou em São Paulo para um dia cheio de compromissos. Pense em uma manhã toda de ensaio com a J.P, tarde de fotos para campanhas, gravações de comerciais e, claro, mil encontros com os amigos – porque matar a saudade é preciso. Gio é assim: ligada no 220 volts. No nosso papo, ela gesticula muito, levanta para contar uma história, mostra as novidades pelo celular, fala com o maquiador, a assistente… Sempre com um sorriso no rosto. Aliás, esse sorrisão enorme que você vê na TV é muito mais lindo ao vivo.

Prestes a completar 30 anos de carreira, os últimos dez foram ainda mais intensos. Além das 14 novelas e cinco filmes, foi nesse período que ela se firmou como uma baita empresária. Hoje, são nove marcas que comanda, na linha de frente e nos bastidores. De bolsas a guarda-chuva, suco natural, clínica de estética e até sandália 100% sustentável. E participa de tudo: não quer só “virar o tio Patinhas”, como conta na nossa entrevista.

Mesmo amando todo esse agito, decidiu que era hora de desacelerar. Conseguiu – pela primeira vez! – tirar férias com o marido, o diretor da Globo Leonardo Nogueira, e os filhos, as gêmeas Antonia e Sofia, e Pietro, de sua relação com Murilo Benício, além de embarcar em um curso de meditação transcendental, mania entre os famosos no Rio. Diz que medita no carro, no Projac, no avião, ao acordar… Elétrica do jeito que é, será que consegue mesmo? “Sim! É uma filosofia de mente ativa. No fim dos 20 minutos, você está respirando fundo e quando vê, já foi!” A seguir, o melhor do nosso encontro com direito a papo sobre casamento, política, a crise no Rio…

Vestido Balmain para NK Store

MODO RELAX

“No último ano coloquei uma meta: não quero mais perder tempo, sabe? Quero desacelerar. Pode ser um processo que leve dez anos, mas vou tentar. Comecei a meditação transcendental há um ano e foi evolutivo para mim. Sou muito controladora, tenho a personalidade forte, e estou aprendendo a dizer não. Para a gente ser essa mulher do século 21, essa pessoa múltipla hoje, tem de estar muito sã, né? Se me ajudou, imagina uma pessoa normal!”

AMOR

“Sou casada há dez anos e nunca tinha tirado férias com meu marido. Nunca! Resolvemos ir para Portugal por quatro meses no ano passado. Falaram que a gente ia enlouquecer e até indicaram uma terapia de casal. Mas foi muito bom. É que, por aqui, somos do tipo: ‘Amor, será que a gente consegue se encontrar na quarta-feira?’ A gente se vê muito pouco, só se encontra dez da noite, meia-noite. Mas se eu quiser sair, tomar um vinho, namorar… Dormir pra quê?”

EMPRESÁRIA

“Sou uma pessoa muito obstinada. Impossível? Não trabalhamos com essa palavra. Não consigo ser paga para fazer um negócio só para ganhar dinheiro. Ir para casa e virar tio Patinhas. O mais legal é fazer dar certo. Tento explorar todos os ‘ses’. ‘Ah, mas se eu tivesse…’ Eu tentei. Fiz tudo o que eu tive vontade.”

CIFRAS

“Não tenho nenhum sonho material. Acho que o dinheiro só vale para a gente se tratar no caso de uma doença. Às vezes penso em vender o carro, para andar só de táxi. Quando penso em algo, penso numa fotografia, quadro, adoro arte. E também penso nos meus filhos, mas eles nunca pedem nada, de Natal, aniversário, nada! Acabo comprando massinha, geleca…”

DOCE RIO

“A cidade está entregue, está muito triste. Nasci e fui criada no Leme, um bairro que permanece igual até hoje tirando as guerras do tráfico. Já fui assaltada mais de 13 vezes na cidade. Arma na cabeça, na barriga, com canivete. Sinto que sou uma sobrevivente todo dia. Chego em casa e agradeço a Deus por estar viva, por meus filhos estarem vivos. Mas não deixo o medo me imobilizar.”

CULPADOS

“A má administração para mim está em primeiro lugar: a gente paga muito imposto para ter saúde e educação. Isso é o mínimo. Enquanto um monte de gente está indo embora do Brasil, sou muito enraizada aqui, a gente está abrindo novos negócios, mesmo com essa maré econômica muito ruim há quatro anos. Mas ano de eleição traz uma esperança. Sempre que a economia começa a se mover, a roda volta a girar.”

REALIDADE

“Primeira coisa: parei de assistir a telejornal. A gente é massacrado de conteúdo maligno, tristeza, desesperança. A única salvação a longo prazo é começar a minar a cabeça com positividade. E acho que a maior solução de um país é a educação. Quando você chega num lugar com pessoas educadas, você não sofre nenhum tipo de preconceito. A falta de educação aqui gerou um conflito cultural muito grande. E isso vai gerando desamor também.”

POLÍTICA

“A política não tem credibilidade no Brasil. Acho que quem tenta ser muito legal, acaba saindo. Ou você se corrompe ou vai embora. Ao mesmo tempo, a gente não sabe se o voto é manipulado ou não! Enquanto não houver pessoas sérias administrando o nosso país, a coisa não vai mudar.”

SUPERSTIÇÃO

“Mês de agosto? Ah, evito passar debaixo de uma escada, né? E foco em mantras. Repito comigo sempre: ‘Sou a felicidade, tenho a felicidade, o universo é meu cúmplice, tudo conspira a meu favor’. Fiz feng shui na minha casa, botei cristal, espelho em tudo. E aprendi que quando a energia não está fluindo é só dizer: dez elevado à potência menos 17. Muda na hora as moléculas do seu corpo. Anotou?”

O ensaio completo com a atriz, você confere na revista J.P de agosto. Já está nas bancas, corre!

 

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