Revista J.P faz uma ode às mulheres que reafirmam a potência feminina na luta por igualdade e respeito
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Conceição Evaristo, Marjorie Estiano e Beatriz Milhazes || Créditos: Reprodução
Especial Mulheres que Amamos da Revista J.P. Na edição de março, mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a publicação lembra da atuação de cantoras, atrizes, escritoras, artistas, esportistas, médicas e empreendedoras que, com muito talento – e trabalho –, reafirmam a potência do gênero feminino e seguem na luta para a construção de uma sociedade mais igualitária. Confira na galeria quem são elas e quais seus feitos.
Por Nina Rahe para Revista J.P
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1 | 25
ADRIANA VAREJÃO, ARTISTA PLÁSTICA Uma das artistas contemporâneas brasileiras mais prestigiadas na cena internacional, Adriana trabalha com materiais que estão ligados simbolicamente à história do Brasil e problematiza, em muitas de suas obras, as relações construídas a partir do passado colonial
Créditos: Paulo Freitas
2 | 25
ANA MARTINS MARQUES, POETA Com sua constante atenção para o que chama de “coisas menores”, Ana Martins consegue extrair o encanto dos objetos e cenas cotidianas, nos oferecendo em sua poesia um verdadeiro lugar de aconchego
Créditos: Rodrigo Valente de Noronha
3 | 25
ANDREA BISKER, EMPREENDEDORA Head da Stylus Brasil, plataforma inglesa de inteligência de mercado que traz tendências de comportamento, e fundadora e CEO da consultoria em inovação Spark: off, Andrea tem sido uma figura central para que as empresas e gestores entendam como se manter relevantes
Créditos: Luis Lima Jr
4 | 25
ANNA SARA LEVIN, INFECTOLOGISTA Professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias e coordenadora do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a médica é integrante do grupo de consultores para a Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Créditos: Arquivo pessoal
5 | 25
BEATRIZ MILHAZES, ARTISTA PLÁSTICA Com uma obra que apela aos sentidos, a artista se tornou uma das mais bem-sucedidas de sua geração. Beatriz participou das bienais de São Paulo, em 1998 e 2004, e de Veneza, em 2003, e seu trabalho está até na coleção do Museu de Arte Moderna de Nova York
Créditos: John Parra/Getty Images
6 | 25
CLARA BUARQUE, CANTORA De família de artistas – ela é filha de Carlinhos Brown e neta de Chico Buarque e Marieta Severo –, a atriz e cantora participou do musical Novos Baianos e segue encantando com sua voz
Créditos: Fernando Torquatto
7 | 25
CONCEIÇÃO EVARISTO, ESCRITORA Homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019, Conceição tem como matéria-prima a vivência das mulheres negras, transformando sua escrita em instrumento de denúncia das opressões raciais e de gênero
Créditos: Walter Craveiro
8 | 25
COSTANZA PASCOLATO, CONSULTORA DE MODA E EMPRESÁRIA Maior ícone da moda nacional, Costanza chega aos 81 anos acreditando que elegância é não invadir o espaço alheio e deixar de observar a si mesmo para observar o outro
Créditos: Reprodução Instagram
9 | 25
ALBERTINA DUARTE, GINECOLOGISTA E OBSTETRA Há 40 anos, ela se dedica ao atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, de vítimas de violência e abusos a adolescentes grávidas. E batalha por melhorias na saúde e pela construção de políticas públicas para ampliar o acesso ao atendimento médico no Brasil
Créditos: Fernando Torres
10 | 25
ELIANE DIAS, EMPRESÁRIA E PRODUTORA MUSICAL Vamos conseguir mudar alguma coisa para as mulheres, os negros e os gays quando estivermos em posição de poder. O poder está na caneta – J.P, agosto de 2020
Créditos: Reprodução Instagram
11 | 25
ELZA SOARES, CANTORA Hoje, nós, mulheres, sabemos da necessidade de pegar na mão da outra e fazer uma corrente. Sou mulher e vou continuar parindo com a música – PODER, maio de 2019
Créditos: Pedro Dimitrow
12 | 25
FAFÁ DE BELÉM, CANTORA Aos 64 anos de idade e com 45 de carreira, Fafá assumiu a senioridade e a transformou em uma bandeira. A cantora vem usando sua voz não só para amplificar a música, mas também temas como envelhecimento saudável e a falta de visibilidade dos idosos no Brasil
Créditos: Mauricio Nahas
13 | 25
IZA, CANTORA Quando você vê alguém como você nas capas de revista, no brinquedo, na TV, você se sente parte de um todo. E isso faz com que você se sinta confiante para responder caso alguém ache que aquele ali não é o seu lugar – J.P, dezembro de 2019
Créditos: Pedro Dimitrow
14 | 25
JOJO TODYNHO, CANTORA Vivo solteira, não quero ninguém, não tenho paciência. Já fui casada, o que não me falta é macho, mas sou pássaro, gosto de viver livre, não gosto de dar satisfação – J.P, fevereiro de 2021
Créditos: Pedro Dimitrow
15 | 25
LETICIA BUFONI, SKATISTA Campeã mundial de skate street e classificada para a Olimpíada de Tóquio, Leticia tem 27 anos de vida e 17 de carreira. No esporte, sempre quis – e conseguiu – provar que era possível ser feminina andando de skate
Créditos: Atiba Jefferson/Divulgação
16 | 25
LUIZA HELENA TRAJANO, EMPRESÁRIA Desde o início da pandemia, ela vem dando um verdadeiro exemplo de atuação: de sua aderência ao movimento Não Demita, incentivando outros empresários a fazerem o mesmo, até sua recente articulação à frente do grupo Unidos pela Vacina, que quer facilitar a distribuição do imunizante contra a Covid-19
Créditos: Bob Wolfenson
17 | 25
MAITÊ PROENÇA, ATRIZ No espetáculo solo O Pior de Mim, baseado em uma espécie de confessionário, e nos vídeos espontâneos que vem postando em suas redes sociais, a atriz desconstrói sua persona pública e mostra como sabe se reinventar a todo momento
Créditos: Alex Carvalho/TVGlobo
18 | 25
MARIA BETHÂNIA, CANTORA Aos 74 anos, ela continua demonstrando maestria na interpretação de músicas que se tornam verdadeiros clássicos em sua voz. Em meio à pandemia, Maria Bethânia apresentou live impecável e lança Noturno, disco de inéditas
Créditos: Jorge Bispo/Divulgação
19 | 25
MARIA HOMEM, PSICANALISTA Professora e psicanalista lacaniana, ela se tornou uma figura pública ainda mais conhecida desde que passou a utilizar as redes sociais para divulgar vídeos nos quais aborda os mistérios da alma humana, com temas que vão de amor a sexo e relacionamentos
Créditos: Victor Affaro/Divulgação
20 | 25
MARJORIE ESTIANO, ATRIZ Indicada ao Emmy Internacional como melhor atriz em 2019 por sua atuação na série Sob Pressão, Marjorie causou comoção como a doutora Carolina no especial Sob Pressão – Plantão Covid.
Créditos: Jorge Bispo/Divulgação
21 | 25
MAYA GABEIRA, SURFISTA Apesar de ter sofrido um grande trauma em 2013, após quase morrer em uma onda gigante na Praia do Norte, em Portugal, Maya enfrentou seus medos, voltou a surfar e já bateu duas vezes o recorde mundial da maior onda já surfada por uma mulher
Créditos: Ana Catarina/Divulgação
22 | 25
REGINA NAVARRO LINS, PSICANALISTA É fundamental que todos desenvolvam a capacidade de viver bem sozinho. Não é nada grave desejar um par amoroso, o grave é acreditar que só é possível viver bem se houver um par amoroso – J. P, novembro de 2020
Créditos: Divulgação
23 | 25
SUELI CARNEIRO, FILÓSOFA E ESCRITORA Autora de estudo pioneiro sobre racismo intragênero, com a sistematização dos números das desigualdades entre mulheres brancas e negras no Brasil, Sueli construiu sua trajetória com uma produção centrada nas relações raciais e de gênero e foi premiada este ano pela Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa)
Créditos: Divulgação
24 | 25
TAÍS ARAUJO, ATRIZ A única maneira de a gente seguir adiante é questionar o que a gente pensa sobre progresso. Queremos um progresso destruidor ou progresso de construção? Construção implica o respeito a tudo – J.P, outubro de 2019
Créditos: Maurico Nahas/Divulgação
25 | 25
TAÍSA MACHADO, ATRIZ E ESCRITORA À frente do Afrofunk Rio, projeto que toca desde 2014, a “chefona” desenvolveu um método de ensino que pensa o corpo de maneira afrocentrada e vê na potência do rebolado uma maneira de empoderar as mulheres
Créditos: Divulgação
Galeria - Dia Internacional das Mulheres Revista JP Edição 169
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ADRIANA VAREJÃO, ARTISTA PLÁSTICA Uma das artistas contemporâneas brasileiras mais prestigiadas na cena internacional, Adriana trabalha com materiais que estão ligados simbolicamente à história do Brasil e problematiza, em muitas de suas obras, as relações construídas a partir do passado colonial || Créditos: Paulo Freitas
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ANA MARTINS MARQUES, POETA Com sua constante atenção para o que chama de “coisas menores”, Ana Martins consegue extrair o encanto dos objetos e cenas cotidianas, nos oferecendo em sua poesia um verdadeiro lugar de aconchego || Créditos: Rodrigo Valente de Noronha
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ANDREA BISKER, EMPREENDEDORA Head da Stylus Brasil, plataforma inglesa de inteligência de mercado que traz tendências de comportamento, e fundadora e CEO da consultoria em inovação Spark: off, Andrea tem sido uma figura central para que as empresas e gestores entendam como se manter relevantes || Créditos: Luis Lima Jr
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ANNA SARA LEVIN, INFECTOLOGISTA Professora do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias e coordenadora do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a médica é integrante do grupo de consultores para a Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS) || Créditos: Arquivo pessoal
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BEATRIZ MILHAZES, ARTISTA PLÁSTICA Com uma obra que apela aos sentidos, a artista se tornou uma das mais bem-sucedidas de sua geração. Beatriz participou das bienais de São Paulo, em 1998 e 2004, e de Veneza, em 2003, e seu trabalho está até na coleção do Museu de Arte Moderna de Nova York || Créditos: John Parra/Getty Images
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CLARA BUARQUE, CANTORA De família de artistas – ela é filha de Carlinhos Brown e neta de Chico Buarque e Marieta Severo –, a atriz e cantora participou do musical Novos Baianos e segue encantando com sua voz || Créditos: Fernando Torquatto
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CONCEIÇÃO EVARISTO, ESCRITORA Homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019, Conceição tem como matéria-prima a vivência das mulheres negras, transformando sua escrita em instrumento de denúncia das opressões raciais e de gênero || Créditos: Walter Craveiro
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COSTANZA PASCOLATO, CONSULTORA DE MODA E EMPRESÁRIA Maior ícone da moda nacional, Costanza chega aos 81 anos acreditando que elegância é não invadir o espaço alheio e deixar de observar a si mesmo para observar o outro || Créditos: Reprodução Instagram
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ALBERTINA DUARTE, GINECOLOGISTA E OBSTETRA Há 40 anos, ela se dedica ao atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, de vítimas de violência e abusos a adolescentes grávidas. E batalha por melhorias na saúde e pela construção de políticas públicas para ampliar o acesso ao atendimento médico no Brasil || Créditos: Fernando Torres
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ELIANE DIAS, EMPRESÁRIA E PRODUTORA MUSICAL Vamos conseguir mudar alguma coisa para as mulheres, os negros e os gays quando estivermos em posição de poder. O poder está na caneta – J.P, agosto de 2020 || Créditos: Reprodução Instagram
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ELZA SOARES, CANTORA Hoje, nós, mulheres, sabemos da necessidade de pegar na mão da outra e fazer uma corrente. Sou mulher e vou continuar parindo com a música – PODER, maio de 2019 || Créditos: Pedro Dimitrow
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FAFÁ DE BELÉM, CANTORA Aos 64 anos de idade e com 45 de carreira, Fafá assumiu a senioridade e a transformou em uma bandeira. A cantora vem usando sua voz não só para amplificar a música, mas também temas como envelhecimento saudável e a falta de visibilidade dos idosos no Brasil || Créditos: Mauricio Nahas
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IZA, CANTORA Quando você vê alguém como você nas capas de revista, no brinquedo, na TV, você se sente parte de um todo. E isso faz com que você se sinta confiante para responder caso alguém ache que aquele ali não é o seu lugar – J.P, dezembro de 2019 || Créditos: Pedro Dimitrow
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JOJO TODYNHO, CANTORA Vivo solteira, não quero ninguém, não tenho paciência. Já fui casada, o que não me falta é macho, mas sou pássaro, gosto de viver livre, não gosto de dar satisfação – J.P, fevereiro de 2021 || Créditos: Pedro Dimitrow
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LETICIA BUFONI, SKATISTA Campeã mundial de skate street e classificada para a Olimpíada de Tóquio, Leticia tem 27 anos de vida e 17 de carreira. No esporte, sempre quis – e conseguiu – provar que era possível ser feminina andando de skate || Créditos: Atiba Jefferson/Divulgação
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LUIZA HELENA TRAJANO, EMPRESÁRIA Desde o início da pandemia, ela vem dando um verdadeiro exemplo de atuação: de sua aderência ao movimento Não Demita, incentivando outros empresários a fazerem o mesmo, até sua recente articulação à frente do grupo Unidos pela Vacina, que quer facilitar a distribuição do imunizante contra a Covid-19 || Créditos: Bob Wolfenson
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MAITÊ PROENÇA, ATRIZ No espetáculo solo O Pior de Mim, baseado em uma espécie de confessionário, e nos vídeos espontâneos que vem postando em suas redes sociais, a atriz desconstrói sua persona pública e mostra como sabe se reinventar a todo momento || Créditos: Alex Carvalho/TVGlobo
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MARIA BETHÂNIA, CANTORA Aos 74 anos, ela continua demonstrando maestria na interpretação de músicas que se tornam verdadeiros clássicos em sua voz. Em meio à pandemia, Maria Bethânia apresentou live impecável e lança Noturno, disco de inéditas || Créditos: Jorge Bispo/Divulgação
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MARIA HOMEM, PSICANALISTA Professora e psicanalista lacaniana, ela se tornou uma figura pública ainda mais conhecida desde que passou a utilizar as redes sociais para divulgar vídeos nos quais aborda os mistérios da alma humana, com temas que vão de amor a sexo e relacionamentos || Créditos: Victor Affaro/Divulgação
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MARJORIE ESTIANO, ATRIZ Indicada ao Emmy Internacional como melhor atriz em 2019 por sua atuação na série Sob Pressão, Marjorie causou comoção como a doutora Carolina no especial Sob Pressão – Plantão Covid. || Créditos: Jorge Bispo/Divulgação
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MAYA GABEIRA, SURFISTA Apesar de ter sofrido um grande trauma em 2013, após quase morrer em uma onda gigante na Praia do Norte, em Portugal, Maya enfrentou seus medos, voltou a surfar e já bateu duas vezes o recorde mundial da maior onda já surfada por uma mulher || Créditos: Ana Catarina/Divulgação
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REGINA NAVARRO LINS, PSICANALISTA É fundamental que todos desenvolvam a capacidade de viver bem sozinho. Não é nada grave desejar um par amoroso, o grave é acreditar que só é possível viver bem se houver um par amoroso – J. P, novembro de 2020 || Créditos: Divulgação
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SUELI CARNEIRO, FILÓSOFA E ESCRITORA Autora de estudo pioneiro sobre racismo intragênero, com a sistematização dos números das desigualdades entre mulheres brancas e negras no Brasil, Sueli construiu sua trajetória com uma produção centrada nas relações raciais e de gênero e foi premiada este ano pela Associação de Estudos Latino-Americanos (Lasa) || Créditos: Divulgação
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TAÍS ARAUJO, ATRIZ A única maneira de a gente seguir adiante é questionar o que a gente pensa sobre progresso. Queremos um progresso destruidor ou progresso de construção? Construção implica o respeito a tudo – J.P, outubro de 2019 || Créditos: Maurico Nahas/Divulgação
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TAÍSA MACHADO, ATRIZ E ESCRITORA À frente do Afrofunk Rio, projeto que toca desde 2014, a “chefona” desenvolveu um método de ensino que pensa o corpo de maneira afrocentrada e vê na potência do rebolado uma maneira de empoderar as mulheres || Créditos: Divulgação
MARY DEL PRIORE, ESCRITORA E HISTORIADORA
J.P: O que o ano de 2020 significou para as mulheres?
MARY DEL PRIORE: A história ensina que cada crise é também uma oportunidade. A pandemia reforçou a urgência de compreendermos a sociedade a partir das diferenças não só de gênero, mas, também, sociais e simbólicas. Será preciso construir uma agenda que dê conta das necessidades de uma sociedade que empobreceu e fragilizou a todos, homens e mulheres. Se 2020 foi sinônimo de resiliência e flexibilidade, 2021 deverá ser o ano da negociação e da renovação.
J.P: Você argumenta que as mulheres precisam chamar os homens para a conversa. Qual é a posição a ser adotada?
MDP: É importante entender como o mito da virilidade e da dominação modelou os homens. Historicamente, esse mito legitimou a opressão do homem pelo homem e sua violência contra a mulher. Há tempos, porém, o modelo do todo-poderoso guerreiro começou a derreter. Ao fazer do mito da superioridade do macho o fundamento da ordem social e ao valorizar a força e o apetite pela conquista, o homem justificou e organizou a submissão delas. Mas, com isso, foi condenado a reprimir suas emoções, temer a impotência, odiar a feminização e cultivar o gosto da violência. O dever de virilidade se tornou um fardo e “tornar-se homem”, um processo difícil e cruel. Entender os dois lados é fundamental para combater o machismo, integrando a voz dos homens.
J.P:Qual o papel do letramento e da educação no combate ao machismo?
MDP: A educação e o letramento são os instrumentos mais eficientes para reduzir a pobreza e promover a igualdade entre homens e mulheres. Eles contribuem para desenvolver o respeito por si mesmo e para reforçar a liberdade e autonomia indispensáveis para crescer como ser humano. Poucos investimentos trazem tantos ganhos quanto a escolarização de meninas que, educadas, se tornam agentes de transformação da sociedade em que vivem