Coluna Nova York 27 de maio de 2009

Arte
Duas pinturas e dez desenhos que representam saunas, piscinas e banheiros públicos compõem a belíssima mostra da artista brasileira Adriana Varejão, numa galeria do Chelsea, em Nova York. Os azulejos que revestem esses interiores virtuais se desenvolvem a partir da complexa perspectiva que, por sua vez, forma uma ilusão de tridimensionalidade. Com maestria, a artista joga com planos de luz e sombra que atraem o olho, de primeira, e em seguida, a alma. Nas duas pinturas, uma delas monumental, Varejão demonstra o completo domínio da linguagem pictórica. A sensualidade e poesia predominam.
Two paintings and Ten Drawings
Lehmann Maupin Gallery
Até 10 de julho

Refletor
Times Square virou um palco iluminado! Inspirado no modelo dinamarquês, o prefeito Bloomberg fechou os quarteirões da Broadway entre as ruas 47 e 42 esperando assim diminuir o número de carros que circulam em Manhattan. E o que o povo fez? Puxou as cadeiras (as 350 cadeiras são cortesia de um grupo de homens de negócios) e instalou-se para curtir o carnaval de luzes dos anúncios, trabalhar no lap top, tomar banho de sol, ou simplesmente fazer uma pausa enquanto os carros se amontoam na faixa de trânsito. A opinião do novaiorquino, em geral, é positiva. Mas não se atreva a perguntar aos taxistas o que eles pensam dessa novidade.

Pechincha

Colecionar arte não é privilégio. Com paixão e apenas US$ 100 é possível comprar arte assinada por grandes artistas. E a venda anual da Acria – Aids Community Research Initiative of America – é um ótimo lugar para se começar uma coleção. A edição deste ano tem curadoria da artista Jane Holzer, que convidou artistas renomados como Kenny Scharf e Terence Koh, entre outros, para produzir edições de alta tiragem em fotografia e outras mídias que têm 100% de suas vendas revertidas às pesquisas da Aids. É isso mesmo: comprem arte e façam o bem.
Unframed 2009
até 3 de junho
15 Union Square West
US$ 20
Preços das edições a partir de US$ 100

Escorredor

A gastronomia novaiorquina é caracterizada por novidades culinárias que fazem uma aparição repentina e muitas vezes desaparecem de cena, do mesmo modo como chegaram. Mas o ramen – a sopa de macarrão japonês – , que fez uma entrada triunfal pela mão do chef  David Chang , do Momofuku , parece que veio para ficar. O novo templo do ramen é o Ippudo, no East Village, que faz parte de uma cadeia de mais de 50 restaurantes no Japão. Quem diria! O ramen do Ippudo feito artesanalmente e preparado com ingredients frescos, vegetais e carnes que emanam um cheiro delicioso que vai até a rua. E por US$15 não se pode comer melhor. Atenção: não se reservam mesas e as filas lá fora são longas.
Ippudo
65 Fourth Avenue com a Rua 9

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