Zanini de Zanine assina mil poltronas de teatro icônico do Rio

Zanini de Zanine || Créditos: Juliana Rezende

Em nosso giro pela ArtRio nessa sexta, mais especificamente na IDA, seção focada em mobiliário e design que é o xodó da SKY, apoiadora da feira, encontramos Zanini de Zanine e aproveitamos para puxar papo sobre o estande em homenagem a seu pai, o arquiteto Zanine Caldas. “A curadoria é do Mercado Moderno. Esse espaço mostra um pouco do trabalho dele dos anos 50 e depois a fase dos anos 70, móveis mais pesados, maciços. A Namoradeira [que aparece ao fundo, à direita] é minha peça preferida. Ele fez em pequena tiragem e é um ícone de sua obra”.

* “O que é bem equivalente no meu trabalho em relação ao do meu pai é que ele tinha tanto um lado industrial, feito com compensado, na década de 50, quanto uma linha  mais artesanal, e eu tenho essa ligação muito forte com indústria, larga escala, mas também tenho a linha artesanal, que produzo no meu ateliê aqui no Rio, com sete carpinteiros. São peças com propostas mais maciças, mas feitas com material de demolição, antigas colunas e vigas… Hoje não dá mais pra fazer como ele fazia”.

* Zanini nos contou detalhes do projeto que está desenvolvendo a convite de Luiz Calainho para a produtora dele, Aventura. “É minha toda a concepção do interior do antigo Cine Palácio, tradicional teatro aqui no centro da cidade. Ele está sendo reformado para receber grande parte dos espetáculos da Aventura. Estamos fazendo tudo: acabamento, mil poltronas, camarim. É minha primeira oportunidade para algo tão grande, estou bem animado. Já começamos e deve ser entregue em abril de 2016. Se recebi briefing? Não, o bacana é que a gente teve carta branca. A proposta vestiu as expectativas deles e nossas. Espero que o resultado fique à altura do Cine Palácio”.

* Comentamos nossa curiosidade em ver uma poltrona de plateia desenhada por ele… “Na verdade, poltrona de teatro tem um lado muito técnico, ergonômico, mas conseguimos colocar uma pitada nossa. Não é de madeira, e sim estofada: tem que oferecer o velho conforto. Mas tem uma intenção estética de trazer uma informação nova, sim”. (por Michelle Licory)

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