Woody Allen é capa da edição de maio da The Hollywood Reporter e não para por aí. Quem imaginava uma reportagem no estilo bate-bola sem muitas declarações se surpreendeu com revelações sobre uma ampla gama de tópicos: relacionamentos, política e filmes, claro.
Após anos de silêncio, Allen contou na entrevista – concedida em uma poltrona dentro de sua sala de projeção no Upper East Side, em Nova York – detalhes de seus relacionamentos, incluindo o fato de que ele não sabe onde sua ex, Mia Farrow, vive atualmente e que é “imune” a qualquer crítica sobre sua relação com a atual mulher, Soon-Yi, uma das maiores polêmicas envolvendo celebridades – ela é ex-enteada do diretor. “Ela teve uma educação muito, muito difícil na Coréia… E eu fui capaz de realmente fazer sua vida melhor. Eu lhe proporcionei enormes oportunidades. Ela se tornou uma pessoa diferente. As contribuições que fiz à sua vida tem me dado mais prazer do que todos os meus filmes”. Sobre se ele ficou traumatizado pelo escândalo, Allen acrescenta: “Nem um pouco”.
No quesito cinema, o momento foi de críticas, quando assumiu que atualmente não existem muitos filmes que o interessam. O longa islandês “A Ovelha Negra” é a exceção. Ele também disse que nunca reassiste a seus próprios filmes, e que apagaria quase todos se tivesse a oportunidade. Sobre ter escolhido Miley Cyrus para sua série de TV na Amazon – seis episódios de meia hora, editados e finalizados, mas ainda sem título – falou que a “culpa” é dos seus filhos: “Eu observei anos atrás que os meus filhos estavam assistindo ‘Hannah Montana’ e perguntei: quem é essa garota? Ela tem resultados muito bons. O seriado era um pouco bobo, mas ela é muito boa no que faz”.
Aparentemente ainda há muito a aprender sobre o diretor de 80 anos, fã de Hillary Clinton, que ainda vive sem computador e nunca enviou um e-mail a alguém. A entrevista completa aqui.