Completar 53 anos de vida como o jornalista mais bem pago do país, e um dos solteiros mais cobiçados do momento, não é tarefa pra qualquer um. William Bonner, dono de ambos os títulos, que o diga. Apresentador do Jornal Nacional desde 1996, Bonner celebra nova primavera nesta quarta-feira apenas meses após se separar de Fátima Bernardes, com quem foi casado por 26 anos e manteve um dos relacionamentos mais admirados pelos brasileiros, e no auge de sua carreira profissional.
Também editor-chefe do JN, Bonner é considerado um dos grandes responsáveis pela nova identidade do telejornal, que nos últimos anos abandonou a sisudez de outros tempos e adotou um ar menos formal. Nesse aspecto, ajuda o fato de que ele é ativo nas redes sociais, com mais de 10,5 milhões de seguidores no Twitter, que o tratam como “tio.” Com salário entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões mensais, segundo estimativas do mercado, o pai dos trigêmeos Laura, Vinícius e Beatriz não fica muito atrás de jornalistas americanos, como Anderson Cooper, que ganha cerca de US$ 5 milhões (R$ 17 milhões) por ano.
Assistido todas as noites por pelo menos 24 milhões de telespectadores, o JN atinge hoje um público menor do que alcançava há 20 anos, mas continua sendo o principal programa jornalístico da televisão brasileira, e o mais influente. Só para efeito de comparação, o NBC Nightly News – o telejornal mais assistido da televisão americana – registrou uma audiência média de 8,19 milhões de telespectadores por edição durante a cobertura das eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Morando sozinho em um apartamento na Borges de Medeiros com a Frei Leandro, na Lagoa, onde o preço do metro quadrado dos imóveis não sai por menos de R$ 17 mil, Bonner ainda não deu pistas de como vai festejar o aniversário (ele não é visto no microblog desde agosto, quando anunciou o fim do casamento com Fátima). O mais provável é que ele ganhe uma festinha dos colegas de trabalho nos intervalos dos preparativos do JN desta noite, o que já virou tradição entre eles. Tá aí mais um título para o dono do “boa noite” mais famoso do Brasil: ser um chefe prestigiado pelos subordinados. Definitivamente, não é pra qualquer um. (Por Anderson Antunes)