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Artes de Gabriela Tornai, Ana Cattini e Priscila Barbosa (da esquerda para a direita) | Crédito: Instagram

Ao enaltecer o papel da arte de questionar e exaltar os mais diversos assuntos, uma nova geração de ilustradoras faz sucesso na internet – e nas ruas – com obras que geram uma onda de compartilhamentos. Com ilustrações coloridas, divertidas, engajadas e linguagem jovem, Glamurama conversou três artistas que mostram seu talento por meio de suas perspectivas sobre o mundo e mensagens transformadoras: com Ana Cattini, Priscila Barbosa e Gabriela Tornai (por Baárbara Martinez)

Ana Cattini – @cattini_
“Muitas artes minhas viralizaram justamente por tratar de temas importantes. Eu fico feliz de poder levar uma mensagem pra frente, acho que faz parte da arte em geral. Tocar o público de alguma forma, seja por meio do humor, do sarcasmo, da indignação, da beleza, da sensibilidade. Aquilo chega nas pessoas e desperta um sentimento. Em uma época onde a gente recebe tanta informação de uma só vez, despertar algum tipo de sentimento nas pessoas é importante”, comenta a ilustradora de 28 anos.

Por tratar de assuntos polêmicos, Ana comenta que recebe diversos tipos de reações. “Já recebi alguns ataques, xingamentos, comentários maldosos, mas isso é estar na internet né? (risos). Ao mesmo tempo que você impacta pessoas que gostam do seu trabalho e compartilham esse tipo de pensamento, o oposto consequentemente vem”.

Priscila Barbosa – @priii_barbosa
“As redes permitem uma comunicação mais estreita e horizontal com o público que me acompanha. Poder trocar ideia com quem me segue acrescenta muito nas minhas investigações, amplia o olhar e permite que eu tenha outras perspectivas que não teria acesso sem esse diálogo. Consequentemente, as pessoas também se sentem mais perto de mim e incentivam, apoiam e comemoram cada passo. Isso é realmente incrível”, diz ela, que acumula mais de 100 mil seguidores no Instagram.

Aos 31 anos, Priscila transita além do universo online, o que também tem seus desafios. “Atuo em três áreas – ilustração, muralismo/arte urbana e pintura – acho que a mais complexa é a arte urbana. É uma cena dominada por homens bastante resistentes à inclusão e equidade”, comenta.

Gabriela Tornai – @gabrielatornai_
“Eu vejo com muito mais frequência esse espaço sendo ocupado por mulheres, e as mesmas ganhando destaque por sua arte, isso me encoraja principalmente no cenário precário que estamos vivendo no Brasil, viver de arte está sendo literalmente uma resistência”, afirma a artista visual de 27 anos.

A ilustradora diz que começou a expor sua visão de mundo após ser encorajada por pessoas próximas. “Comecei a me manifestar fazendo artes como um manifesto particular de revolta mesmo, até que amigas me encorajaram a compartilhar em minhas redes sociais. E eu não sei em que momento de repente comecei a ser conhecida por isso e nunca mais consegui me desvincular, fui me aprofundando cada vez mais e, claro, lendo muito sobre isso. Somos responsáveis por tudo que colocamos no mundo, e para um artista essa responsabilidade dobra, temos que ter cuidado”.

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