Vik Muniz e Cello Macedo entregam tudo sobre novo bar no Rio

Vik Muniz e Cello Macedo || Créditos: Divulgação

O assunto mais comentado nas rodinhas cariocas é o bar que Vik Muniz vai abrir no Jockey, em sociedade com Cello Macedo, máquina de empreender estabelecimentos de sucesso como o Zaza Bistrô [ele é marido de Zaza Piereck], a casa noturna 00, a pizzaria Vezpa e uma cervejaria artesanal que acabou sendo vendida para uma gigante do setor…  Os dois, apesar do burburinho, estavam tentando manter os detalhes “em segredo”. Mas… Contaram tudo pra gente. Vem ler!

Por Michelle Licory

“Um hobby que quase ninguém sabe”

“O Cello é meu amigo há mais de 10 anos e tem experiência nisso. Eu tenho  experiência de família. Meu pai sempre foi garçom e eu já fui bartender. Tenho um hobby que quase ninguém sabe que é a coquetelaria. Adoro misturar drinks, fazer xarope, essas coisas. Nunca tive comércio, mas sempre quis ter um bar. O plano é abrir até março, mas isso depende muito de licença, burocracia”, nos disse Vik.

“A gente é mais sócio que amigo”

O artista plástico continua com a palavra. “Vamos ter um jazz club embaixo! E cervejaria, bar de drinks e comida com ingredientes locais. O Rio tem um problema: ou você come bem ou bebe bem. Queremos um lugar onde você coma bem com um budget intermediário e com criatividade nos coquetéis”. E não é perigoso fazer sociedade com amigo? “É que a gente não é tão amigo assim”, brincou. Cello? “É mesmo, a gente é mais sócio que amigo”.

“Todo mundo recolhendo o trem de pouso e a gente querendo decolar”

E o empresário continuou a entregar seu projeto. “A arquiteta é a Bel Lobo. É algo ambicioso, até por conta desse momento do Brasil, todo mundo recolhendo o trem de pouso e a gente querendo decolar”. E por quê? “Porque apesar da crise, especificamente pra esse negócio, foi uma oportunidade que surgiu, um ponto incrível… Tem todo um contexto favorável, essa coisa pré-Olimpíada. Apesar de o Brasil estar com o freio de mão puxado, de alguma maneira o Rio está crescendo”.

E por que Cello Macedo, com tanto know-how na área, chamou o Vik para ser sócio? “Aí é empatia, aconteceu naturalmente. Quando vimos, tínhamos virado sócios. A gente tem um papo muito bom. Enriquece”.

“Lapidando de acordo com as circunstâncias” e uma arte pobre

“Cello e eu temos uma proposta clara do que esse lugar vai ser, então não tem muita divergência. Só estamos lapidando, de acordo com as circunstâncias”, contou Vik. Já está trabalhando em alguma obra para ficar em exposição por lá? “Ah, isso aí vai ser muito legal, essa parte artística Não quero falar agora, é surpresa”. Hum, vai ter um espaço para exposições? “Não, não será galeria, mas tem uma cara de arte Povera [ou “pobre” em português – movimento italiano iniciado na década de 60 que usava trapos, madeira, jornal, sacos e outros materiais não nobres nas obras, as “empobrecendo”, questionando o “valor” da arte e a aproximando do cotidiano do povo]”.

Sim, nos temos cerveja… Própria!

Cello volta ao papo. “Vamos ter fabricação própria de cerveja. Não pensava em ter uma nova cervejaria. Já realizei isso uma vez e é um negócio que está aí no Brasil inteiro [depois de vendido], mas esse projeto me mostrou que seria o momento de fazer de novo, então estou retomando esse meu espírito cervejeiro”. O nome no rótulo? “O bar vai se chamar Casa Camolese, que é meu sobrenome do meio, e a cerveja, Birra Camolese”. É, nada como uma conversa com cerveja na mão pra descobrir o que todo mundo quer saber… Foi assim essa entrevista.

Sair da versão mobile