Existe amor no lixão. Nesse ambiente improvável, onde se abandona tudo o que foi descartado, incluindo pessoas no caso de ‘Avenida Brasil’, tem espaço para amizade e acolhimento. Nesta sexta-feira, dia 11, está prevista para ir ao ar no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ a cena em que a pequena Rita (Mel Maia) conhece Batata (Bernardo Simões), um encontro que muda sua vida para sempre. É hora também de rever a inesquecível Mãe Lucinda, interpretada por Vera Holtz em uma de suas atuações mais emblemáticas. Ao contrário das crianças que, assim como Rita, vivem sob a exploração e maus tratos de Nilo (José de Abreu), os pequenos que moram com a Mãe Lucinda (Vera Holtz) encontram afeto e proteção em meio a todas as dificuldades. Vera Holtz fala um pouco sobre a personagem:
Qual foi o momento mais marcante da personagem Mãe Lucinda?
Uma cena muito linda é quando Nina procura Mãe Lucinda depois de anos e ela descobre que a jovem é a Rita. Foi uma cena de muita emoção entre a Débora Falabella e eu. Outro momento que me marcou muito foi o casamento da Rita e do Batata. Foi um trabalho extraordinário de cenografia, produção de arte e figurino, que trouxe aquele universo lúdico com tanta beleza e poesia.
Qual a cena mais difícil?
O dia em que a Mãe Lucinda salvou seu filho, Max, que de certa forma a renegava. Foi uma gravação de madrugada, no mar, bem difícil.
O que você destacaria como ponto forte da Lucinda?
Ela era uma mulher resistente, solidária, extremamente dedicada a educar aquelas crianças. Essa é a força da representação materna, que envolve proteção, carinho, respeito. Ela era tudo isso para aquelas crianças, seus filhos de coração.
Que momento das gravações você lembra com mais carinho?
Aquele universo do lixão era uma obra de arte. Cuidado e requinte nos mínimos detalhes. Lembro que as roupas do figurino eram pintadas com tinta orgânica, a casa da mãe Lucinda era forrada com lataria. Um trabalho realmente artístico das equipes de produção de arte, figurino e cenografia.
O que fez da novela um fenômeno?
Logo no início eu intuí que estávamos fazendo uma novela fora da curva, o que se consagrou no último capítulo, quando todos estavam reunidos assistindo como se fosse uma final de Copa do Mundo. Foi um jogo entre a teledramarturgia e o público, que torcia por seus personagens preferidos, formava grupos. Foi tudo muito especial.