Valor dos imóveis assinados por François Catroux, que morreu no começo do mês, disparam

François Catroux || Créditos: Reprodução

Os donos de imóveis cuja decoração foi assinada pelo lendário François Catroux, o designer de interiores que há décadas era o favorito dos mais ricos e poderosos frequentadores do jet set internacional, viram o valor de mercado dessas propriedades pra lá de luxuosas saltar desde que ele morreu, no último dia 8 e em um hospital de Paris, em consequência de um tumor no cérebro.

Catroux, que tinha 83 anos, possuía uma lista de clientes que incluía oligarcas russos, princesas e príncipes de todos os lugares, estilistas renomados e até alguns bilionários da América do Sul. No caso desse último grupo, o integrante mais famoso foi o boliviano Antenor Patiño, cujo pai, Simón Patiño, controlou o mercado mundial de estanho entre as décadas de 1910 e 1930.

Um apartamento decorado por Catroux e localizado na exclusiva Avenue Gabriel da capital francesa, por exemplo, tinha sido listado nos classificados no começo do ano por € 15 milhões (R$ 95,5 milhões). Depois da morte dele, no entanto, o valor foi revistado para € 18 milhões (R$ 114,7 milhões) – uma valorização de 20% que não se viu no mesmo intervalo de tempo nem na Bourse de Paris.

Adepto de um estilo mais modernista que fez sucesso em seu auge nos anos 1970, Catroux decorou os pieds-à-terre de outros grandes nomes como a baronesa Marie-Hélène de Rothschild, do casal Diane von Furstenberg e Barry Diller e também de Yves Saint Laurent, de quem acabou se tornando amigo (os dois até dividiram algumas temporadas no rehab, sempre por acaso…).

A viúva dele, Betty Catroux, acabou se tornando uma das musas do estilista francês, e juntos os três viveram noites animadíssimas nos melhores clubes parisienses dos “seventies”. Além dela, Catroux – que tinha look de galã e trabalhou até quando teve forças nos projetos que escolhia a dedo – deixou duas filhas, Maxime e Daphné, e dois netos. (Por Anderson Antunes)

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