A Banda Dônica, que tem como um dos integrantes Tom, filho caçula de Caetano Veloso, já se prepara para abrir o primeiro dia do Lollapalooza neste sábado, em São Paulo. Formada por José Ibarra (vocal e piano), Miguel “Miguima” Guimarães (baixo), André “Deco” Almeida (bateria), Lucas Nunes (guitarra) e Tom Veloso (violão e composições), o quinteto apresenta o repertório do disco de estréia, “Continuidade dos Parques”, às 12h55, no Palco Onix. Com apenas quatro anos de estrada, a banda já se apresentou no Rock in Rio do ano passado. Abaixo, a conversa com os meninos, feita por viva-voz, com todos juntos ao telefone. (Por Denise Meira do Amaral)
Glamurama: Como é para vocês abrir um dos palcos do Lollapalooza?
Lucas: “Estamos ansiosos. É um festival muito importante, talvez o evento mais importante que a gente vá tocar. Além de ser um festival que a gente preza muito, por ter bandas alternativas no estilo quer a gente gosta.”
Glamurama: Como vocês definem o som da Dônica?
Lucas: “É um rock progressivo.”
Zé: “Não é bem isso [risos]… É um pouco MPB também. Na verdade a gente abrange alguns gêneros, como a música clássica e o progressismo inglês.”
Glamurama: Vocês têm uma forte influência do Clube da Esquina, né? Como Milton entrou como padrinho?
Zé: “Todos eram apaixonados pelo Clube da Esquina e Tom, que tinha contato com o Milton, fez a ponte. Um dia a gente mostrou uma música para ele, e ele adorou. Na hora do disco tivemos a ideia de chamarmos o Milton para gravar e ser nosso padrinho também [Milton participa na faixa “O Pintor”].”
Glamurama: Tom, no começo você não subia ao palco por timidez. Como fez para driblá-la?
Tom: “Não foi tão difícil… Eu subi uma vez e gostei. E aí quis continuar subindo. É o “palco vírus”, como se fosse o zika vírus [risos].”
Glamurama: Ter Caetano como pai ajuda ou atrapalha?
Tom: “Não tem como atrapalhar. Ele ajuda, gosta da banda, dá dicas, fala do que gostou, do que se emocionou…”
Glamurama: Ele é daqueles pais bajuladores?
Tom: “Não. Ele só fala do que ele gosta, não dá ideias nem pitacos.”
Glamurama: Qual a idade de vocês? E o que estudam?
Lucas: “Temos uma média de 18, 19 anos. Eu tenho 20, que sou o mais velho, e o Miguel tem 17, que é o mais novo. Eu e o Zé estudamos música, o Tom estudava jornalismo e o Deco estuda engenharia. O Miguel vai estudar ainda [risos], [ele acabou de terminar o ensino médio].”
Glamurama: Em quais momentos vocês se sentem adultos e quando ainda são garotos?
Lucas: “Acho que a gente só percebe a nossa garotice [risos].”
Glamurama: Vocês já têm muitas fãs por onde passam?
Lucas: “Sim, rola. E são de todas as idades, de crianças até avós.”
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A banda gravou o primeiro CD “Continuidade dos Parques”, em 2015.