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Patrick Demarchelier
Foto: David Shankbone, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons

Considerado um dos maiores nomes da moda, o fotógrafo francês Patrick Demarchelier morreu na noite dessa quinta-feira (31), aos 78 anos, em decorrência de um câncer e em sua casa em St. Barts, para onde se recolheu desde que foi diagnosticado com a doença. Na postagem no perfil oficial dele no Instagram, assinada pela mulher Mia, e os filhos Gustaf, Arthur e Victor, a causa da morte do fashionista não foi informada.

Nascido em La Havre, uma cidade francesa que fica bem perto de Paris, Demarchelier descobriu a fotografia aos 17 anos, quando ganhou do padrasto sua primeira Eastman Kodak. A partir daí, e praticamente sozinho, começou a desenvolver séries de filmes e retocar negativos, conhecimento que usou para embarcar em seus primeiros trabalhos, fotogrando os casamentos de amigos.

Já a fama veio somente nos anos 1970, quando Demarchelier se mudou para Nova York e atuou como freelancer nos estúdios de grandes fotógrafos da época, como Terry King, Jacques Guilbert e Henri Cartier-Bresson. Esse último, aliás, o abraçou como um protégée, e sempre foi descrito por Demarchelier como seu “maior mestre”.

A notoriedade e, acima de tudo, seu talento, fizeram de Demarchelier um dos reis dos cliques mais requisitados nos anos 1980, e lhe renderam trabalhos como campanhas para a Christian Dior e a Louis Vuitton, Céline, Tag Heuer, Chanel, Yves Saint Laurent, Lacoste, Calvin Klein, Ralph Lauren e muitas outras grandes marcas de moda.

Escolhido pela princesa Diana nos anos 1990 para atuar como fotógrafo oficial da falecida ex-royal, Demarchelier foi primeiro fotógrafo oficial não britânica a clicar um membro da família real do Reino Unido – um título que, garantem seus amigos, o deixou muito orgulhoso.

Nos 1990, com a explosão das supermodelos, Demarchelier fotografou todas as rainhas das passarelas daquela década. Já nos anos 2000 ele se tornou um daqueles raros profissionais da moda que podem escolher a dedo com quem trabalhar, e uma das modelos que mais clicou nessa fase foi Gisele Bündchen, para muitos dos mais hypados trabalhos da brasileira.

Já como uma celebridade do mundinho, Demarchelier ganhou uma menção em “O Diabo Veste Prada”, em uma cena em que Miranda Priestl (Meryl Streep) pergunta para sua assistente Andy (Anne Hathaway) se ele já tinha ligado para confirmar algo. A comédia dramática de 2006 foi elogiadíssima pelos críticos e faturou quase US$ 330 milhões (R$ 1,55 bilhão) nas bilheterias.

Demarchelier, no entanto, conheceu o outro lado menos glamuroso da fama em 2018, quando foi acusado de assédio sexual por pelo menos 50 modelos e uma ex-assistente, o que o forçou a se aposentar. Tais acusações, no entanto, nunca foram provadas, mas lhe custaram um banimento da Condé Nast, a editora que publica a “Vogue” americana, e que na ocasião informou que não mais o contrataria.

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