A batalha judicial que se estendia há meses entre o Uber e grupos de motoristas do aplicativo de transporte particular nos estados da Califórnia e de Massachusetts, nos Estados Unidos, chegou ao fim após um acordo firmado entre as partes anunciado nessa quinta-feira pelo “The New York Times”. Pelo que foi negociado, o Uber vai pagar o valor total de US$ 100 milhões (R$ 358 milhões) aos seus 385 mil motoristas nos dois estados, sendo US$ 84 milhões (R$ 57,28 milhões) à vista e o restante após o eventual IPO da companhia, algo que seu cofundador, o bilionário Travis Kalanick, afirmou em março estar “fora dos planos” no momento.
A maior queixa dos motoristas era de má conduta do Uber em relação às práticas trabalhistas a qual eram submetidos, sem a garantia de direitos como desligamento por justa causa. Eles também buscavam na justiça o direito de serem reconhecidos como empregados em vez de prestadores de serviços. No entanto, o acordo enterrou essa possibilidade.
Há outros processos similares em curso na justiça americana contra o Uber, mas o caso dos motoristas da Califórnia e de Massachusetts era o maior em número de reivindicações individuais. (Por Anderson Antunes)