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Roseanne Barr || Créditos: Getty Images
Roseanne Barr || Créditos: Getty Images

Não foi só o emprego como estrela da principal sitcom da TV aberta dos Estados Unidos que Roseanne Barr perdeu. Demitida por causa de um comentário pra lá de racista que fez no Twitter, a comediante também vai deixar de ganhar os milhões de dólares que embolsava há anos em royalties da série “Roseanne”, que inspirou o bem sucedido
revival de mesmo nome cancelado na semana passada pela rede ABC depois que o escândalo que começou no microblog perdeu o controle.

No ar entre 1988 e 1997, a “Roseanne” original foi uma das atrações mais populares da época, e chegou a ser assistida por um público semanal de mais de 30 milhões de telespectadores. Nos EUA, programas desse tipo costumam se tornar uma mina de ouro mesmo depois do fim, já que as reprises de seus episódios são vendidas separadamente para as retransmissoras das grandes emissoras de lá, em um negócio conhecido como “syndication” e tido como uma das jóias da coroa do mundo do entretenimento americano.

O melhor exemplo dessa prática é a icônica “Seinfeld”, extinta da telinha em 1998. Desde então, o “programa sobre nada” protagonizado por Jerry Seinfeld faturou mais de US$ 2,7 bilhões (R$ 10,2 bilhões) em syndication, e desse montante a parte que coube ao comediante fez dele o mais bem pago de Hollywood mesmo sem trabalhar muito. No caso de “Roseanne”, os ganhos em syndication chegavam a US$ 60 milhões (R$ 226,3 milhões) anuais, sendo que sua protagonista ficava com pelo menos um terço disso.

O problema é que suas reprises também foram canceladas, e por causa disso agora Barr está praticamente sem renda. Claro que ela conseguiu amealhar uma fortuna de respeito – estimada em mais de US$ 150 milhões (R$ 565,7 milhões) – sem falar que já estaria negociando uma spin-off com outro canal. As chances dela de conseguir transformar qualquer novo projeto em um hit rentável por décadas, no entanto, são mínimas. Ainda mais em Hollywood, onde os raios raramente caem no mesmo lugar mais de uma vez… (Por Anderson Antunes)

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