Todo mundo quer ser vizinho de Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo. O motivo?

Jeff Bezos || Créditos: Getty Images

Todo mundo quer ser vizinho de Jeff Bezos. Ou melhor, da Amazon, da qual ele é o maior acionista e cuja participação o transformou no homem mais rico do mundo. Fundador e CEO da gigante do varejo online, o bilionário americano conhecido por distribuir bananas nos endereços próximos de sua casa e locais de trabalho está garimpando cidades americanas para encontrar uma com todos os atributos necessários para receber a segunda sede mundial da empresa nos Estados Unidos, que deverá ser tão grande e moderna quanto a floresta tropical que mandou construir em Seattle, no estado americano de Wasghinton, ao custo de US$ 4 bilhões (R$ 14,1 bilhões).

O simples fato de que Bezos poderá investir algo parecido no segundo quartel general da Amazon tem agitado alguns mercados imobiliários dos EUA, com destaque para os arredores de Nashville, a capital do Tennessee, e Denver, capital e cidade mais populosa do Colorado. Ambas estão entre as que mais lucrariam com o empreendimento e os funcionários fixos que eventualmente trabalhariam nele – a estimativa é que pelo menos 50 mil pessoas seriam contratadas para bater ponto no novo projeto de escritórios, um número capaz de alterar significativamente a economia de qualquer lugar.

Existe o risco, no entanto, de um efeito colateral: segundo o site americano Zillow, especializado em imóveis, a futura sede da Amazon também pode causar um aumento no valor médio dos aluguéis cobrados ao seu redor. A maior alta em potencial ocorreria nas próprias Nashville e Denver – de 2,4% e 2,3%, respectivamente -, seguidas por Los Angeles e Pittsburgh, com 1,9% extras no aluguel cada. Ficaria ruim pra quem não tem casa própria, mas em compensação o comércio local poderia registrar um aumento de vendas, sem falar nos impostos extras que os eventuais 50 mil subordinados de Bezos trariam consigo.

Não restam dúvidas de que a Amazon escolherá a dedo sua “HQ2”, e a essa altura é certo que cidades de toda a América estão lhe oferecendo mundos e fundos para atrair a “residência fixa”. É fundamental que tenham, entre outras coisas, uma população razoavelmente jovem e conectada, e que fiquem em pontos estratégicos do país sob o ponto de vista comercial. Quanto ao dinheiro, este certamente não vai faltar: além da capitalização na bolsa beirando os US$ 768 bilhões (R$ 2,71 trilhões), a varejista virtual ainda dispõe de mais de US$ 22 bilhões (R$ 77,6 bilhões) em caixa para bancar qualquer megaestrutura que lhe convir. (Por Anderson Antunes)

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