Em entrevista para o programa de Gayle King que foi ao ar nessa segunda-feira na rede americana de televisão “CBS News”, Tina Turner falou pela primeira vez abertamente sobre o suicídio de seu filho mais velho, Raymond Craig Turner, que morreu aos 59 anos em julho do ano passado com um tiro na cabeça. “Eu acho que ele se sentia sozinho, e isso o prejudicou mais do que qualquer outra coisa”, a cantora aposentada disse no bate papo, lembrando que na época da tragédia surgiram comentários de que Raymond estava endividado além da conta.
Turner, que hoje em dia mora em Zurique com seu marido alemão, o executivo da indústria musical Erwin Bach, também falou que continua “sentindo a presença” do primogênito em todos os lugares e fez questão de encher sua casa com fotos dele sorrindo. “Eu sinto que ele está em um bom lugar, eu realmente tenho essa certeza”, afirmou a eterna rainha do rock.
Além da trágica morte de Raymond, a intérprete da versão mais famosa de “Proud Mary” também viveu outros apertos em anos recentes, como o transplante de rim ao qual se submeteu em 2016 e que não deu certo – o órgão havia sido doado por Erwin. “Sou budista, e no budismo é ensinado que a gente nasce e morre e precisa estar preparado para tudo”, explicou.
Já quando foi questionada por King se sentia falta da carreira da qual se despediu em 2007 da mesma forma que o público sente a dela, Turner garantiu que se sente lisonjeada com tanto carinho, mas sua fase em cima dos palcos mundo afora é mesmo coisa do passado. “Acho o máximo que me queiram de volta, mas existem vários vídeos meus na internet pra quem quiser matar as saudades. Pra mim, isso de pular e rebolar o tempo inteiro acabou”, avisou a popstar de 79 anos. (Por Anderson Antunes)