Thiago Soares, 1º bailarino do Royal Ballet: “Achava que era coisa de gay”

Thiago Soares, Gloria Maria, Liège Monteiro, Luiz Fernando Coutinho, Regina Rique, Deborah Colker e Manoel Francisco

Por Michelle Licory

Glamurama estava entre os convidados de um jantar que o casal Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho ofereceu para Thiago Soares, primeiro bailarino do Royal Ballet, de Londres, essa quinta-feira no restaurante Prado Grill, no Jockey Club do Rio. À mesa também estavam Deborah Colker, Gloria Maria, que o entrevistou na Inglaterra para o “Globo Repórter”, e Regina Rique, que durante esta temporada de férias do dançarino na cidade fez uma feijoada para ele em seu apartamento na Avenida Atlântica – servida em uma comentada louça Brennand, arrematada em um leilão.

A gente quis saber como Regina ficou tão amiga de Thiago. “Conheci ele em Londres. É que há muitos anos, quando a Dalal [Achcar, coreógrafa que foi diretora artística do balé do Theatro Municipal do Rio e condecorada pela Rainha Elizabeth II] perguntou quem gostaria de apadrinhar o Thiago, minha melhor amiga, Sandra Haegler, se ofereceu. Virou um filho pra ela. Até hoje, quando ele vem pra cá, fica hospedado com a Sandra.”

Thiago, que é de Vila Isabel, zona norte carioca, gostava de hip hop. “Eu era b-boy. Cheguei a fazer escola de circo e era bom naqueles movimentos [de ‘break’] no chão. Aí um amigo um dia me falou que eu tinha uma postura boa pra balé. Mas eu era muito macho [fala com sotaque espanhol]. Achava que balé era coisa de gay.” Deborah interrompe e brinca: “Ah, balé clássico é coisa de gay mesmo. Não adianta você negar.” Thiago continua… “Naquela época, eu não tinha muito acesso a esse universo. Uma vez ou outra passava um vídeo de balé no ‘Jornal Nacional’. Mas eu acabei aceitando esse desafio, essa oportunidade, quando eu tinha de 15 para 16 anos.” Thiago entrou para o Municipal, representou o Brasil em competições internacionais e foi aceito no Royal Ballet em 2002. Em 2006, foi promovido a primeiro bailarino. Hoje com 32 anos, ele é casado com a primeira bailarina da mesma companhia, a argentina Marianela Nuñez.

 

 

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