‘The Currency’, nova obra de Damien Hirst, traz à tona o questionamento da vez no mundo das artes: físico ou digital?

Damien Hirst e a obra “The Currency” || Créditos: Reprodução

O projeto mais recente de Damien Hirst, “The Currency” (“A Moeda”, em tradução livre), questiona tudo o que você pensava que sabia sobre arte e dinheiro. Neste novo trabalho, o artista inglês disponibiliza a obra de duas formas. A primeira é a física com 10 mil folhas A4 pintadas à mão e cobertas por pontos coloridos. Cada folha inclui uma imagem holográfica de Hirst, uma assinatura, um microponto e – no lugar de um número de série – uma pequena mensagem individual.

A segunda parte da arte é que cada uma dessas folhas pintadas à mão tem um NFT (token não fungível) correspondente. NFTs são certificados digitais de propriedade que existem nos livros-razão on-line seguros, conhecidos como blockchains.

A maneira como “The Currency” funciona é que os colecionadores não comprarão a obra de arte física imediatamente. Em vez disso, eles pagarão US $ 2 mil (R$10,5 mil) pelo NFT e terão um ano para decidir se querem a versão digital ou a física. Assim que o coletor selecionar um, o outro será destruído.

Em comunicado, Hirst explica que “The Currency” testa os limites do mundo digital e físico e o nosso papel nos dois casos. Explora os limites entre a arte e moeda – quando a arte se torna uma moeda e quando a moeda se torna arte. Neste caso, o que ele está destacando é como o “quebra-cabeça” é facilmente resolvido ao reconhecer que existem duas comunidades interessadas em sua arte: aqueles que valorizam suas peças físicas tradicionais e aqueles que valorizam suas peças NFT.

Quando o ano acabar e vermos quantas pessoas optaram por manter o NFT, isso pode se tornar uma indicação interessante de até que ponto essa nova geração digital está se tornando a dominante.

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