Um dos efeitos colaterais gerados pela alta popularidade de “The Crown” foi trazer novamente à tona os altos e baixos de uma das personagens mais intrigantes da família real britânica: a princesa Margaret. Irmã caçula da rainha Elizabeth II, a “royal” chamava mais atenção do que a irmã monarca algumas décadas atrás, justamente por ser o exato oposto da atual chefe da Casa Real de Windsor.
Isso fica evidente diante de uma conversa que Margot, como ela era chamada pelos mais íntimos, teve no começo dos anos 1960. Responsável pelo revelação do tête-à-tête, a repórter Julie Miller, da “Vanity Fair” americana, contou em uma matéria que escreveu para a revista que Sua Alteza Real sentou ao lado de ninguém menos que Twiggy em um jantar para o qual ambas foram convidadas.
Acontece que as duas não trocaram uma palavra durante toda a noite, até que Margaret se virou para aquela que foi a supermodelo mais famosa daquela época e perguntou, na caruda, quem ela era. A resposta de Twiggy? “Eu me Lesley Hornby, senhora, mas as pessoas me chamam de Twiggy”, a top respondeu. “Que triste”, devolveu a princesa, e em seguida se virou para o outro lado.
Margaret, que morreu em 2002, tinha fama de sempre falar o que pensava, e isso rendeu várias dores de cabeça para a realeza. Mas ao menos uma vez esse lado mais explosivo dela rendeu frutos aos britânicos, que foi quando ela foi a convidada de honra de um jantar oficial oferecido pelo então presidente americano Lyndon Johnson na Casa Branca. Tão extrovertido quanto ela, o político logo de cara virou seu fã. (Por Anderson Antunes)