Por Anita Pompeu para revista Joyce Pascowitch de janeiro
Menor de altura
Luiza Dias resolveu pôr em prática os truques que aprendeu com a vida – e a faculdade de moda – a favor de sua altura: 1,56 metro. A designer de joias, dona da marca homônima, nascida no interior de São Paulo, conta que há itens que não entram em seu armário, como saias ou vestidos longos. Miúda e com rosto de menina, ela se lembra de uma história divertida em relação à sua estatura. Ao chegar com sua família no prédio do Terraço Itália, em São Paulo, o segurança disse para seus pais: “Hoje adolescente não paga”. O único detalhe é que isso foi ano passado, quando a moça tinha… 30 anos.
Peso mosca
A altura definitivamente já foi um problema para Gi Macedo, 35 anos. Quando era mais nova, por exemplo, o tema chegou a ser um complexo, que a stylist tentava remediar namorando homens altos – um clássico entre as mínis. Esperta, usou todo seu conhecimento em moda para favorecer sua baixa estatura, de 1,58 metro. Por isso, cuida bem das proporções; gosta dos comprimentos curtos para deixar as pernas – finas – de fora e foge dos modelos longos. Outro truque que incorporou foi o do “coquinho” no cabelo, que, segundo ela, deixa seu visual mais longilíneo. Tudo isso, sem falar no maior de todos, o peso, que mantém o mesmo desde sempre: 47 quilos.
Dois palitos
Mariah Rovery faz a linha espevitada. Magrinha e agitada, chegou movimentando o ensaio. E descontraiu, dizendo para o fotógrafo ser generoso com sua “anca”. É claro que ela estava brincando e suas encanações com a própria imagem não são maiores do que as de qualquer mulher. Dona da marca de joias e acessórios que leva seu nome, Mariah, nascida no Paraná e crescida em Ribeirão Preto, lida bem com seu 1,60 metro. “Somos compactas e cabemos em qualquer lugar”, brinca ela, que, no dia da foto, comemorava 27 anos.
Nano gene
No caso da jornalista Fernanda Branco, 25 anos, o biotipo está em seu DNA. Seus pais, avós e irmãos são pequenos. Talvez seja por isso que seu 1,55 metro nunca tenha sido um problema. Na escola, ela até ganhou o apelido de Fê Grão – “tem quem ache que é meu sobrenome”, ri. Desde esses tempos ela sempre foi a primeira da fila: nos musicais infantis, no catecismo etc. Já no parque de diversões, quando a estatura era o critério de permissão da criança para utilizar o brinquedo, Fê e o irmão desenvolveram uma tática: ir de boné – só que com ele bem afastado da cabeça, para camuflar a altura. Aliás, entre as histórias divertidas da moça está o fato de poder guardar suas calças em gavetas e sempre ter que fazer a barra.
Fermento e pimenta
Os pais de Marina Loducca são altos, têm 1,75 metro cada um. No entanto, a moça, de 25 anos, nasceu miúda – e charmosa que só. Com 1,56 metro, ela jura que é bem resolvida com seu tamanho, tanto que não faz questão alguma de usar salto. Convicta, já sacou que o tamanho pequeno é uma de suas graças. Não por acaso, encontrou um namorado que adora seu formato míni. “Olha, o nariz pode me incomodar, um pouquinho de gordura aqui ou ali também… Mas minha altura jamais. Seria a última da lista”, conta a moça que tem se aventurado em projetos no cinema.
Nas nuvens
Na sapateira de Kika Aidar, 35 anos, até as Havaianas têm salto. “Nem em casa fico descalça. Estive em Fernando de Noronha e só andava com meus chinelos altinhos”, diverte-se a consultora de estilo. Apesar de adorar viver nas alturas – com suas plataformas que variam entre 7 e 10 cm –, Kika revela que não trocaria os seu 1,51 metro por alguns centímetros a mais. “As mignons têm seu charme”, explica. São-paulina roxa, antes de dar à luz às suas duas meninas, Penélope e Maitê, ela batia cartão no Morumbi, onde lançou, antes de todo mundo, a moda dos tênis de salto. “O único sapato que tenho no chão é meu tênis de academia. E só”.