Susana Vieira solta o verbo na Revista J.P e Glamurama deita e rola com ela!

Susana Vieira na J.P de julho de 2013 || Foto: André Schiliró

Com 37 novelas, 16 desfiles de Carnaval e seis cachorros no currículo, ela não poderia estar mais feliz. Tem 74 anos, está em plena atividade – em cartaz atualmente na peça Uma Shirley Qualquer – e causando, como sempre, por onde passa. Seja com seu bom humor ou pelas tiradas sinceras em suas entrevistas que bombam na internet. Para J.P, ela se gaba de tudo o que conquistou. Bem no jeitinho Susana Vieira de ser.

J.P: O que a idade te ensinou?

Susana Vieira: A me preocupar com o que realmente vale a pena. O que não vale, eu deixo de lado (risos).

J.P: Passado, presente ou futuro?

SV: Presente! Não olho para o passado. Tenho carinho pelo o que passou, mas sem nostalgia.

J.P: Um momento.

SV: Tenho alguns bons momentos. Minha infância, lembrança dos meus pais queridos, nascimento do meu filho, dos meus netos, realizações que tive na minha carreira. Não dá para dizer um só.

J.P: Sua maior qualidade.

SV: Sinceridade! Eu sou sincera! E prática também.

J.P: Seu maior defeito.

SV: A impaciência…

 J.P: Quem não tem chance na sua vida?

SV: Gente de mau humor.

J.P: O que te tira do sério?

SV: Injustiça e falta de educação.

J.P: Quem te inspira?

SV: O público que me aplaude, que me prestigia nesses mais de 50 anos. Tem inspiração melhor?

J.P: O trabalho mais memorável de sua vida.

SV: Nossa! Vou tentar escolher alguns, posso? (risos). A Nice, de Anjo Mau. A novela A Sucessora, a Branca Letícia de Barros Mota, de Por Amor, e Maria do Carmo, de Senhora do Destino.

J.P: Um trabalho malsucedido.

SV: Todos os meus trabalhos foram muito importantes.

J.P: Beleza é…

SV: Você se sentir bem consigo mesma. Não existe nada melhor. É claro que gostamos de um elogio (risos), mas se você está se sentindo bem com você, não tem quem diga o contrário.

J.P: Melhor conselho que já ouviu. De quem?

SV: “Vai chorar na cama que é lugar quente”, da minha avó Sara.

J.P: Pra você, o que é drama?

SV: Todas essas injustiças que lemos nos jornais. Isso é um drama!

J.P: Do que você tem orgulho?

SV: Tenho muito orgulho da minha trajetória.

J.P: Do que você se ressente?

SV: Sem ressentimentos.

J.P: Uma mania?

SV: Ter meus cachorros por perto.

J.P: A pessoa mais interessante que você já conheceu.

SV: O poeta João Cabral de Melo Neto.

J.P: Seu prato preferido?

SV: Macarrão com carne assada.

J.P: Uma fraqueza de consumo.

SV: Consumo viagens e tudo que vem com elas.

J.P: Maior sonho.

SV: Viver mais 100 anos, pode? (gargalhadas) Tenho tanta coisa para fazer!

J.P: Pior pesadelo.

SV: Não conseguir realizar tudo o que eu quero.

J.P: Qual é o maior problema do Brasil?

SV: Se eu for fazer uma lista de problemas, não vai ter espaço (risos). Então eu prefiro nem começar (mais risos). Mas com certeza a corrupção seria a primeira da lista.

J.P: E o melhor do Brasil?

SV: É o brasileiro, com certeza! Mesmo diante da dificuldade, é um povo que está sempre sorrindo.

J.P: Bom humor é…

SV: Tudo na vida. É levar com leveza os dias, saber ver graça nas coisas.

J.P: Não consegue sair de casa sem…

SV: Celular e uma garrafa de água.

J.P: O que o mundo precisa para melhorar?

SV: É preciso mais amor das pessoas. Mais empatia também.

J.P: Você se acha uma pessoa de sucesso?

SV: Eu me acho uma pessoa realizada. Trabalhei muito para conquistar as minhas coisas. Nada veio de graça. Tudo é fruto de muito trabalho.

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