Sonia Hess, vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil, fala sobre a segunda fase do Fundo Dona de Mim

Sônia Hess / Crédito: Divulgação

“Existe uma corrente do bem e ela precisa se fortalecer”. É com esse pensamento que Sonia Hess, empresária e vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil, anunciou nesta quinta-feira a segunda fase do Fundo Dona de Mim, que nasceu com o propósito de incentivar microempreendedoras impactadas pela crise econômica da Covid-19. E esse novo fôlego conta com uma doação de R$ 3 milhões do BTG Pactual e que vai possibilitar que até 1000 mulheres sejam contempladas com empréstimos de R$ 3 mil para cada solicitante. “Queremos ajudar ainda mais mulheres nessa fase 2, mas não só isso. Precisamos fomentar a independência financeira (…) O princípio desse projeto não é dar apenas o microcrédito, mas dar capacitação a essas mulheres. Elas precisam de um aprendizado, precisam aprender a usar o dinheiro corretamente, garantindo seus ganhos”, explica Martha Leonardis, do BTG, que participou de uma conference nesta manhã para contar sobre o projeto.

Em sua fase piloto, lançado em junho deste ano, o Fundo Dona de Mim proporcionou que 485 mulheres – sendo 335 MEIs e 150 de comunidades – não desistissem dos seus sonhos e se instrumentalizassem financeira e profissionalmente para seguir em seu protagonismo. Nessa segunda parte do Dona de Mim, as microempreendedoras poderão solicitar empréstimos de até R$ 3 mil – a 6% de juros ao ano e sem taxa – a partir do preenchimento de um cadastro disponível no site. Após análise dos dados, aprovação e crédito concedido, a contemplada tem 12 meses para pagar e uma carência de seis meses.

Hess, que foi uma das idealizadoras do Fundo Dona de Mim se inspirou no modelo de empreendedorismo social Yunus, cuja filosofia é: “o microcrédito é a cristalização da esperança indicando o caminho para que as mulheres em situação de vulnerabilidade possam sair da armadilha da pobreza. Esse projeto nasceu de um sonho e de uma inquietação, não podíamos ficar alheias a esse cenário de instabilidade econômica. Essas mulheres têm tudo a mão: a ideia, a garra, a vontade de transformar que todas nós temos. Mas falta um “empurrãozinho”, a instrumentalização profissional e financeira, que é o que estamos proporcionando. Queremos que elas se fortaleçam e possam trabalhar em suas próprias casas ou comunidades”, explicou Sonia.

Para solicitar o empréstimo é necessário, obrigatoriamente, ser MEI, estar inscrita no Grupo Mulheres do Brasil, concluir o programa da Trilha Empreendedora e preencher um formulário que estará disponível no site.

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