Sílvia Pfeifer e Christiane Torloni viveram um casal na novela Torre de Babel, de Silvio de Abreu, em 1998. Na ocasião, os personagens tiveram que “morrer”, pois o público não aceitava a presença de homossexuais. Menos de 10 anos depois, essa postura mudou e as tramas têm tratado deste tema sempre com sucesso e polêmicas. Agora, as atrizes voltam a contracenar na novela “Alto Astral”, da Globo, que estreia em 3 de novembro e Glamurama perguntou o que elas achavam desse mudança.
Silvia: “Ainda bem que mudou.” A atriz ainda fala da importância dos autores e diretores: “Acredito que a mudança veio com o próprio tempo e também acredito no mérito dos autores e diretores que se disponibilizaram a tocar no tema”.
Torloni: “Acho que tudo é um caminho e eles vão sendo abertos por seus passos anteriores. Tudo que está sendo feito hoje é porque outros já passaram antes. O meu medo é sempre a possibilidade de um fechamento. Nada é definitivo, nem a democracia é definitiva. Tem que cuidar das liberdades religiosas, sexuais, raciais e estéticas porque a gente vive com uma provocação moral que é perigosa”.
Arte e religião entraram no assunto, como quebra de preconceitos. Silvia gostou da posição recente da igreja católica, que se mostrou mais aberta à aceitação dos gays. “Estamos no século 21 e ainda falando sobre isso, que valores são esses em que a opção sexual é o que determina o que a pessoa é ou não é. Devia ser o caráter, a competência e a bondade. Que continue mudando”.
Christiane Torloni será Maria Inês na novela ‘Alto Astral”. A personagem vai se envolver com Marcelo (Edson Celulari), que é casado com Ursula, interpretada por Silvia Pfeifer. (por Fernanda Grilo)