Sergio Guizé está exorcizando o problemático Gael de “O Outro Lado do Paraíso” – aquele que batia em mulher – no palco, cantando. É um dos integrantes da segunda edição do “PopStar” e fez uma elogiada performance de “Cowboy Fora da Lei”, de Raul Seixas, no último programa, que é apresentado por Taís Araújo.
O ator já contou pra gente que só aceitou a exposição de participar do reality show musical por sua banda, a Tio Che, que o acompanha também nas apresentações na TV. Mas que ele ama música, isso não há dúvidas. “Música é minha respiração. Quando quero que ela acelere, acelero a música. Quando estou mais calmo, é outro tipo de música. Quando quero escrever, acaba virando uma música. Tenho essa vertente simples do rock, mas agora vamos evoluir. Tenho professores incríveis no ‘PopStar’. E tenho feito amigos novos no programa… Talvez consiga jogar bola…”
Sobre seu jeitão mais reservado… “Gosto de ficar mais isolado, até para poder criar. Pinto, escrevo, medito muito, ensaio…” Sobre a opção de ter ido morar no interior de São Paulo com a namorada, Bianca Bin… “Vivo me mudando. Já morei em vários lugares, já fiz filme em outros países. Fiquei um tempo na França, outro em Portugal, passei cinco meses em Minas, sou de Santo André, passei boa parte da vida no Bixiga, em São Paulo. Nunca tive uma base no Rio. Os shows da banda são em São Paulo. Mas claro que eu queria tocar aqui no Rio também… Eu tenho que estar em movimento para me reciclar, para o meu trabalho como artista evoluir”.
Por falar nisso, Sergio não quer nem ouvir falar em novela. “Foi tão intenso e bonito ‘O Outro Lado do Paraíso’ que o Gael ainda tem que ir embora de vez. Se eu fizesse outra novela agora, ainda estaria completamente afetado e me enfiaria num lugar de conforto mesmo… Sei como é difícil. Você vai ali jogando com o que tem. Para o trabalho não cristalizar, preciso viver outras coisas durante um tempo para depois voltar… Vou fazer teatro no começo do ano e aí sim ficarei bem aquecido para o próximo trabalho na Globo”. A peça? “‘Macbeth’, uma adaptação só com quatro atores, que estreia em São Paulo em janeiro”.
Sobre esse rótulo de galã… “Essa coisa do galã, isso não entra na minha cabeça. No teatro não tem isso. Faço qualquer tipo de personagem, toco com a banda, pinto… Essa é minha vida. E sempre foi muito intimista”. (por Michelle Licory)