Nascido em 21 de março de 1960, Ayrton Senna completaria 57 anos de idade nesta terça-feira como o detentor de um título que até hoje ninguém foi capaz de tirar dele, mesmo 23 anos após sua morte: o mais celebrado piloto de Fórmula 1 da história, considerado o melhor de todos os tempos em uma pesquisa feita pela rede britânica de televisão BBC em 2012, continua sendo o astro dos esportes brasileiro que mais ganhou dinheiro na carreira.
Segundo o jornalista britânico Tom Rubython, autor de “The Life of Senna” (“A Vida de Senna”, em português), o tricampeão mundial de F1 possuía um patrimônio de mais de US$ 400 milhões (R$ 1,23 bilhão) quando morreu, em 1994 (corrigido pela inflação, o montante giraria em torno de US$ 650 milhões – R$ 1,99 bilhão – em valores atualizados). Para efeito de comparação, Pelé e Ronaldo, outros dois grandes nomes do esporte nacional, possuem fortunas estimadas em US$ 100 milhões (R$ 306,7 milhões) e US$ 200 milhões (R$ 613,4 milhões), respectivamente.
Além dos contratos de patrocínio milionários que mantinha com marcas globais, Senna também tinha um grande tino para os negócios e pensava em migrar para o ramo empresarial depois que se aposentasse das pistas. Meses antes do fatídico acidente em Ímola, na Itália, que lhe tirou a vida, ele inclusive negociou com as alemãs Audi, do setor automobilístico, e Mont Blanc, de artigos de luxo, a representação de ambas no Brasil, o que mais tarde acabou se tornando realidade pelas mãos do irmão dele, Leonardo Senna. A parceria com a Audi, aliás, durou até 2005.
E de acordo com Rubython em seu livro, Senna também era extremamente generoso, já que ele deixou mais da metade de sua fortuna para o Instituto Ayrton Senna, uma das maiores entidades filantrópicas do Brasil com foco em educação infantil, que atualmente atende mais de 2 milhões de alunos dos ensinos fundamental e médio em mais de 1,3 mil municípios do país. Ele também cedeu para o instituto o direito integral de recolhimento dos royalties da marca Senna, que continua sendo utilizada por grandes marcas do mundo inteiro. (Por Anderson Antunes)