No último fim de semana, Fabio Assunção sofreu com a viralização de um vídeo. Alguém apontou um celular para o ator e o filmou sendo preso por desacato – visivelmente fora de si – no interior de Pernambuco, onde tinha ido lançar seu primeiro documentário, sobre o samba de coco, nessa sexta-feira. “Dirigi junto com a Pally Siqueira [namorada dele], e rodamos em Arcoverde, sertão pernambucano. Por isso faremos uma primeira exibição na cidade, um corte já finalizado de 20 minutos, dentro da semana de São João, em uma festa para 100 mil pessoas, com show do Lenine, algo muito especial. Depois esse material vai virar um longa. Estou procurando novas direções. Vou ser sempre ator, é essa minha base, mas já produzo no teatro, já dirigi duas peças e com esse documentário estou indo para o audiovisual. Estou, no meu tempo, descobrindo novas coisas”, disse Fábio ao Glamurama pouco antes do fatídico evento.
Depois do tal video compartilhado e disseminado por WhatsApp e pelas redes sociais, veio o questionamento ético de tudo isso: expor uma pessoa claramente em descontrole emocional ao julgamento alheio registrando e propagando essas – fortes – imagens. E então uma nova corrente tomou força: a de discussões com foco em saúde sobre dependências de certas substâncias. Isso tudo após Fabio pedir desculpas em público, deixar claro que vai arcar com prejuízos e declarar que não tinha consumido drogas ilícitas. E então colegas de trabalho começaram a demonstrar apoio ao ator, usando as mesmas mídias sociais que o execraram. Walcyr Carrasco foi um dos que postou mensagem em solidariedade a Fabio, curtida por nomes como Grazi Massafera e Guilhermina Guinle. Evandro Mesquita também publicou post com o mesmo objetivo. Mas o que mais chamou a nossa atenção foi a homenagem de Selton Mello [que há alguns anos admitiu ter sido viciado em remédios], que a gente reproduz aqui embaixo:
“Dois imperfeitos e uma cena. De um lado um cara que foi amado, detestado, exaltado, premiado, condenado, aniquilado, reinventado, aplaudido, vaiado, consagrado e julgado. E do outro lado, o Fábio Assunção. Imperfeito ele.
Imperfeito eu. Imperfeito você”, diz Selton. “E o desejo da humanização da humanidade. Um abraço carinhoso para todos da adorável Arcoverde, no sertão de Pernambuco, que nos deu, entre tantas belezas, o genial poeta cantante Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado. Somos todos falíveis. Todos. E reside aí uma parte fundamental de nossa jornada, crescimento, aprendizado e amadurecimento. A beleza salvará o mundo”, finalizou, postando junto imagens finais de “Os Maias”, em que contracena com Fabio. Vale a pena assistir: play!
“Correr com ânsia para coisa alguma. Nem para o amor, nem para a glória, nem para o dinheiro, nem para o poder. Estou cansado”.