Enquanto Donald Trump passou o fim de semana admitindo aos mais próximos, segundo a “CNN”, que são grandes as chances de que um processo de impeachment seja aprovado pela maioria democrata da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (apesar de que dificilmente passaria no Senado do país, no qual os republicanos ainda dão as cartas), um dos principais assessores do presidente americano foi visto no último domingo batendo pernas na Art Basel de Miami e pedindo informações sobre uma obra de arte pra lá de controversa.
A peça em questão é a escultura “Made Off”, de Fredy Hadorn, que mostra duas mãos algemadas, uma contendo um Rolex legítimo no pulso, e segurando notas de dólares verdadeiras. Pensada pelo artista como uma “homenagem” a Bernie Madoff, que cumpre uma pena de 150 anos desde junho de 2009 pelo esquema de pirâmide financeira que
orquestrou e que causou prejuízos bilionários para vários investidores, atraiu a atenção de Wilbur Ross, atual Secretário de Comércio dos EUA, que fez várias perguntas a seu respeito.
Ross, no entanto, perdeu a chance de comprar a escultura, que acabou sendo misteriosamente danificada – as cédulas verdinhas e o relógio de luxo sumiram de uma hora pra outra, e até a polícia precisou ser chamada, sem ter apresentado uma resolução para o crime até agora. Voltando ao assessor de Trump, que fez dinheiro em Wall Street e tem estimados US$ 700 milhões (R$ 2,72 bilhões) na conta, ele já é dono de uma vasta coleção de arte que inclui ao menos 25 trabalhos assinados pelo belga René Magritte. (Por Anderson Antunes)