Após participações em diversos filmes da Marvel, Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), a “Viúva Negra”, enfim ganhou um longa solo, que acaba de estrear nas telonas e no streaming, depois da pandemia atrasar a exibição em mais de um ano.
A história da personagem está inserida no universo Marvel e segue a trama de “Capitão América: Guerra Civil” (2016), em que depois de desobedecer o Tratado de Sokovia com outros heróis, Nat vive como foragida pela Europa. O novo filme aprofunda a vida da espiã e vingadora e mostra um pouco da infância e traumas do passado da protagonista. A imersão nessas lembranças apresenta novos personagens, como a irmã adotiva de Natasha, YelenaBelova (FlorencePugh, uma das melhores contratações do estúdio), Guardião Vermelho (David Harbour) e Melina Vostokoff (Rachel Weisz) e uma interpretação de Scarlett que torna a heroína ainda mais importante.
A diretora Cate Shortland vem do cinema independente e de produções dramáticas como “Lore” e faz um exímio trabalho ao dosar ação, comédia e drama. Por falar em ação, o longa entrega cenas de lutas, todas bem coreografadas e cheias de golpes vistos em outros filmes do MCU. O vilão Treinador (Olga Kurylenko) aparece de forma incrível, mas perde força no ato final, já que é esperado muito mais de um papel que copia os golpes de todos os vingadores.
“Viúva Negra” é o longa mais ‘pé no chão’ da Marvel, com tom conspiratório e ritmo parecido com um dos melhores filmes da franquia, “Capitão América 2: O Soldado Invernal” (2014). Quem espera referências de outros filmes da franquia vai encontrar muitas, além de explicações para alguns ‘furos’ que a Marvel de outras produções.
O resultado é um filme realmente bom que termina bem o arco de Natasha. Agora é ver se sua substituta, Florence Pugh, como a irmã Yelena, continuará de forma digna esse legado. O longa de Scarlett Johansson arrecadou US$ 150 milhões em bilheterias e US$ 60 Milhões no Disney+ só na estreia. (Crítica @cineminuto)