Sandy e Junior nunca vai acabar… e dupla ganha doc que promete abrir a história deles de forma inédita. Ao papo!

Sandy e Junior || Créditos: Divulgação

Pode ter certeza que a dupla Sandy e Junior nunca vai acabar, apesar de todos os anúncios, carreira solo, isso e aquilo. Agora, os irmãos se preparam para mostrar a intimidade de forma inédita na série documental ‘Sandy e Junior: A História’, no Globoplay, e exibição especial na Globo, neste domingo, do primeiro capítulo. E o diretor da produção, Douglas Aguillar, explica o que vem por aí: “Sabemos que a vida de Sandy e Junior sempre foi muito exposta, mas nunca partiu da própria dupla contar o que viveram, incluindo vida profissional e pessoal. Então, para quem achava que sabia tudo sobre Sandy e Junior, irá se surpreender. Eles abriram a vida deles como nunca tinham feito antes. Além disso, os fãs estão presentes o tempo todo e são muito homenageados”, explica Aguillar, que adianta que um dos episódios conta com um clipe com imagens feitas por fãs.

E para quem dúvida que eles ainda tenham o que contar, o projeto foi feito baseado em mais de 250 CDs da mãe deles, Noely, que sempre acompanhou e registrou tudo. A série é costurada por depoimentos dos irmãos, de familiares e pessoas próximas à vida pessoal e profissional dos artistas, entre elas, Ivete Sangalo e Roberto Carlos e será dividida em sete episódios.

A obra também acompanha os principais acontecimentos dos últimos doze anos de vida de Sandy e Junior, após o anúncio de que seguiriam carreira solo. Aliás, será possível ver imagens inéditas da apresentação de despedida da dupla em 2007, que foi gravada na íntegra e nunca foi divulgada. Os dois últimos episódios da série revelam ao público cada passo da preparação para o reencontro dos irmãos no palco em comemoração aos 30 anos de carreira, com a turnê ‘Nossa História’. Abaixo, Sandy e Junior falam desse novo momento.

Qual foi o maior desafio da carreira de vocês?
SANDY: O maior desafio foi, sem dúvida, crescer diante de tantos olhares, de um público tão grande, de tanta curiosidade e especulações. Crescer já não é fácil por si só; sair da infância pra adolescência, da adolescência pra fase adulta. Então, crescer diante de tanta gente e com tantas expectativas, isso torna o desafio ainda maior, mais difícil de atravessar e lidar.

JUNIOR: Acho que o maior desafio foi manter a cabeça no lugar, os pés no chão. Não tinha como a gente se perceber normal, porque não era o que acontecia. Não pirar com tudo isso e com o fato de ter uma vida com tantas conquistas. Meu maior exercício sempre foi tentar colocar o pé no chão e entender o que era real ou não.

Qual é a sensação de ver a vida inteira de vocês, literalmente, passada em uma série documental?
SANDY: É uma sensação muito diferente e, ao mesmo tempo, um privilégio. É uma sorte muito grande ter a chance de entender certas coisas do passado, que algumas vezes podem não ter ficado resolvidas; a chance de rever e reviver as coisas boas. São tantos momentos especiais que, por muitas vezes, a gente acaba até esquecendo. É como sentir de novo a alegria de ter passado por tudo aquilo. É como uma terapia! A gente acaba entendendo muitas coisas e colocando todas no lugar certo, dentro da cabeça e do coração. É maravilhoso!

JUNIOR: É uma sensação muito maluca, superemocionante. É incrível relembrar esses momentos. Tinha algumas imagens que a gente não via há milhões de anos, então foi sensacional. Estou muito feliz de ter esse documentário, porque, aos 36 anos, ter sua vida toda documentada num trabalho tão bem feito quanto este é uma honra.

Há alguma coisa na série documental, seja da carreira ou da vida privada de vocês, que nunca tenha sido abordada?
SANDY: Muito do que está no documentário, de uma forma ou outra, já foi falado ao longo de nossa carreira. Porém, a grande diferença é o tipo de abordagem, porque nossa história sempre chegou até as pessoas por meio de interlocutores. Pela primeira vez, estamos com uma grande e importante oportunidade de contar nossa história inteira, com a nossa versão de como ela realmente foi. As pessoas conhecem os principais fatos da nossa carreira, mas a maneira como foram contados sempre vieram por um viés externo, seja da mídia, do mercado. Agora vem da nossa verdade, esta é a grande diferença.

JUNIOR: Tem algumas partes que nunca tinham sido mostradas, coisas que nem a gente lembrava que existiam ou tinha visto.

Que passagem do documentário mais emocionou vocês?
SANDY: Muitas coisas me emocionam! Desde o primeiro momento do episódio um, quando a gente mostra o último show em dupla, o encerramento da nossa carreira juntos. Reviver aquilo ainda é emocionante demais, eu me lembro muito, eu sinto aquilo tudo de novo.
Quando eu vejo imagens da nossa infância mais remota, me emociono também. Ver como tudo começou, algumas passagens muito importantes e, às vezes, complicadas. Aquele momento de auge de sucesso em que teve Maracanã, Rock in Rio e carreira internacional, por exemplo, eu me lembro das sensações, o turbilhão de acontecimentos e emoções que estava a nossa vida.

JUNIOR: Difícil dizer qual parte mais emocionou. Acredito que eu tenha chorado em todos os episódios, mas tudo bem, eu sou parte ali do tema abordado, então mexe muito comigo, fala sempre de assuntos que me tocam.

Qual momento da carreira vocês consideram mais importante e que o documentário mostra?
SANDY: Acho que foram os momentos de maior sucesso e projeção porque levaram a nossa voz, a nossa música, o nosso trabalho para mais gente. Foram aqueles anos de programa de TV na Globo, Rock in Rio, Maracanã, show na praia de João Pessoa pra 1,2 milhão de pessoas, a venda de 3 milhões de discos em um único álbum. Acho que de 1998 a 2003 foram os anos mais importantes da nossa carreira. E também o ano passado, com nossa turnê comemorativa ‘Nossa História’, que acabou gerando uma comoção enorme entre os fãs. A gente acabou entendendo a dimensão do nosso nome, a marca que a gente tinha deixado enquanto dupla. Por mais que tenha sido um capítulo à parte, um último capítulo depois que a história já estava inteira feita, não tem como não considerar como um dos momentos mais importantes da carreira.

JUNIOR: De fato não sei responder essa pergunta. Acho que todas as decisões que a gente toma e os passos que a gente dá contribuem para a gente chegar no lugar onde chegamos, então tudo foi fundamental para construção da nossa história; tanto o que a gente fez quanto o que escolhemos não fazer.

Olhando a história de vocês, se pudessem voltar atrás, mudariam alguma coisa?
SANDY: É muito difícil dizer que eu mudaria alguma coisa na minha carreira porque eu consigo olhar certas coisas e pensar que hoje eu decidiria e faria diferente; teria outra opinião, talvez. Mas, ao mesmo tempo, foram todas estas decisões e todos estes acontecimentos que traçaram a minha trajetória e construíram a artista e pessoa que eu sou hoje. Foi uma história de alegria, sucesso, realização pessoal e artística, então, se eu tivesse mudado algo, eu teria mudado esta história, da qual tenho muito orgulho. Eu poderia ter tomado decisões um pouco diferentes em alguns momentos? Sim. Mas, eu quero esta história pra mim.

JUNIOR: Acho que não, não mudaria nada, porque tudo isso contribuiu para construção da nossa história. Acho que tudo é fundamental para tornar quem a gente é e nos levar para onde chegamos, para os caminhos que a gente tomou. Claro, se eu pudesse conversar comigo mesmo, para me dar conselhos em cada fase, eu me ajudaria e tornaria tudo mais fácil na percepção. Mas é uma viagem tão maluca que não dá nem para pensar nisso.

 

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