Sabrina Sato: revista J.P desvenda o que é que a caipira tem. Vem!

Sabrina Sato para a Revista J.P de abril||Créditos: Maurício Nahas

Inteligência de sobra, tem. Espontaneidade também, tem. E tempero como ninguém. Eis Sabrina Sato

Por Anita Pompeu
Fotos Maurício Nahas
Styling Luna Nigro
Beleza Max Weber

“Sabrina Sato é a resposta para aquelas menininhas todas iguais, corpinhos perfeitos, cabelos longos à la Gisele, aguadas e sem graça. Sabrina, não: é pimenta pura. Meio oriental, meio loira – tingida, mas tudo bem… –, nada burra. Meio ingênua e meio sabida demais. Sabrina tem um corpo perfeito. Tem personalidade – e é disso que a gente gosta. Ah, eu também gosto do sotaque caipira dela. Não que eu goste de sotaque caipira. Na verdade, eu detesto. Mas em Sabrina até que cai bem. Porque ela é diferente. Ela é ela.’’

O parágrafo acima bem que poderia ter sido escrito especialmente para esta edição. Mas não. Assinado por Joyce Pascowitch, ele abria o primeiro ensaio de capa de Sabrina Sato para a J.P, em maio de 2007. Mas o que o torna tão atual, oito anos depois? Provavelmente o eterno jeito autêntico de menina de nossa personagem – hoje, aos 34 anos. É uma receita própria, que mistura uma farta dose de espontaneidade, uma pitada de ingenuidade e um tempero caipira, que dá a graça a mais. Ah, e com um toque especial na fórmula: inteligência, foco e educação, de berço, na medida.

Natural de Penápolis, interior de São Paulo, Sabrina lembra que desde criança sonhava em ser apresentadora. Dá o play no celular em um vídeo dos anos 1980, gravado pelo pai, em que aparece com um Meu Primeiro Gradiente em mãos dizendo que seria apresentadora e que a irmã, Karina, sua empresária. Por coerência do destino, não deu outra.

Hoje, à frente do “Programa da Sabrina”, semanal da Record que completa este mês um ano no ar, a ex-BBB concilia a rotina pesada de gravação com uma agenda concorridíssima em que se vira para cumprir compromissos como empresária de sucesso – ela é rosto de inúmeras marcas –, estrela da televisão e, claro, mulher real. Daquelas de verdade  mesmo.

Com ela, a entrevista, por exemplo, vira conversa. Do tipo bate-papo, sem espaço para “não falo de vida pessoal”, nem “vamos pular para a próxima?”. Não que ela fale exatamente de tudo. Mas vai levando com tal naturalidade que dribla com maestria qualquer pergunta mais contundente ou indigesta – e isso não é inteligência?

Vai falando, falando sem distinção, nem aparente receio. Também sem grandes revelações ou polêmicas. Não tem opinião? Ah, tem, e muita. Mas, por sensatez ou cautela, usa com moderação: “Acho que o maior problema do Brasil hoje é a corrupção, que faz a gente perder nossa dignidade. O brasileiro tem de mudar a mentalidade, aquela coisa de querer levar vantagem a qualquer custo”, diz sobre o momento político atual.

Com a mesma naturalidade com que fala sobre política, fala do cantor Pablo, o rei da sofrência, que adora; da recente viagem ao Japão, que a fascinou; do último fim de semana. Fim de semana agitado, com direito a show de Maria Bethânia, de quem é fã – “ouço muita música brasileira, até porque não falo inglês”–, balada cool sábado à noite e orgias gastronômicas: “Acho que comi uns 12 churros no sábado”. Diante do inconformismo do público feminino, já emenda dizendo que está de volta à rotina saudável, depois de um mês comendo e bebendo à vontade – estrago absolutamente imperceptível, apesar das frituras no Japão e da cerveja nos fins de semana.

Cinco horas de ensaio, uma hora de conversa, assuntos mil… mas um, em especial, quase onipresente: o namorado, o ator e empresário João Vicente de Castro. Sabrina lembrou o primeiro encontro oficial – enquanto aguardava para embarcar do Rio para São Paulo, aproveitava para trocar mensagens aleatórias com o então amigo e pretendente. Ao entrar no avião, a surpresa: lá estava ele, bem no assento reservado a ela. Não deu outra. Desde então, já são dois anos juntos.

Revelou ainda não ser ciumenta – nem ele – e adorar a sogra, a estilista Gilda Midani. João foi também a resposta para duas perguntas estilo pingue-pongue – “Quem faz você rir?” “Um símbolo de beleza masculino?”. Ah, e surge também como real candidato a seu par no altar:

– Você pensa, a sério, em casar?

– Penso, claro.

– Mas quando? Este ano ainda?

– Este ano não dá, já tem muitos casamentos: o da Preta (Gil), da Marina (Morena)…

– E filhos, quer ter?

– Quero! Antes eu sonhava em ter uns cinco, agora já penso em três…

– Então é bom começar já, para dar tempo…

– Mas eu penso em adotar também. O João ainda não sabe (risos), ainda não contei para ele…

Encerra, com o sorriso no rosto, o sotaque caipira e o jeito de menina esperta que é. E fim de papo.

[galeria]2614531[/galeria]

Sair da versão mobile