Roman Polanski quer voltar aos EUA para acerto de contas com a justiça

Roman Polanski || Créditos: Getty Images

Uma das maiores pendengas judiciais da história de Hollywood pode estar próxima de chegar ao fim. Considerado foragido pelos Estados Unidos há quase 40 anos, Roman Polanski, que hoje vive entre a França e a Suíça, quer retornar ao país o mais rápido possível para resolver a questão. Em 1977, o diretor foi acusado de ter drogado e em seguida abusado sexualmente uma garota de 13 anos. O crime teria acontecido na casa de Jack Nicholson, e a vítima teria ido até o local sob a impressão de que participaria de uma sessão de fotos para a “Vogue” francesa.

Na época, Polanski, que nasceu na França mas é polonês, fechou um acordo com as autoridades americanas para passar apenas 48 dias na prisão, dos quais ele ficou 42 dias atrás das grades. O acordo, no entanto, acabou sendo renegado por um juiz, que o condenou a 50 anos de prisão.

Harland Braun, que defende o diretor, acredita que a questão pode ser solucionada com a liberação de uma transcrição completa com os detalhes do acordo, que hoje está sob segredo de justiça, e que poderiam provar que Polanski já cumpriu com a parte dele. O advogado deu entrada nesta semana com um pedido na Suprema Corte de Los Angeles solicitando a liberação.

Apesar de banido dos Estados Unidos, Polanski, de 83 anos, dirigiu vários filmes fora do país, inclusive o premiado “O Pianista”, de 2002, que rendeu a ele o Oscar de Melhor Diretor no ano seguinte. (Por Anderson Antunes)

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