Rodrigo Faro está prestes a realizar o sonho de praticamente todos os atores. Ele foi escolhido para viver o papel de Silvio Santos na cinebiografia do apresentador, que será baseada no livro ‘Silvio Santos: A Biografia’. A previsão é que o longa comece a ser filmado em janeiro de 2019, mas ainda sem data de estreia e elenco definidos. A ideia dos produtores Roberto D’Avila e Fábio Golombeck é mostrar as diversas fases da vida de Senhor Abravanel, desde os tempos de camelô até a construção de seu império com o SBT. Glamurama conversou com Rodrigo, que se mostrou muito emocionado com a oportunidade, para saber todos os detalhes desse novo desafio, a emoção de receber um personagem como este e como está se preparando. À entrevista!
Glamurama: Como você recebeu o convite para o papel de Silvio Santos?
Rodrigo Faro: Recebi um contato dos produtores de elenco que falaram sobre a vontade deles de que eu fosse o Silvio Santos no cinema. Foi surpreendente e simples ao mesmo tempo, não imaginava voltar a atuar neste momento em que estou totalmente voltado para o meu programa de TV (Hora do Faro). Poder fazer esse trabalho que vou misturar minhas duas versões (ator e apresentador) me deixou surpreso, honrado e feliz. Aceitei!
Glamurama: Vocês já tinham uma relação pessoal? O Silvio aprovou sua participação?
RF: Minha relação com o Silvio é de ídolo. Já nos encontramos várias vezes, inclusive por seis anos consecutivos no Troféu Imprensa. Estar ao lado dele pra mim é muito especial. A última vez que nos falamos foi no Teleton [2017] quando ele me chamou para apresentar o programa ao seu lado. Não somos amigos, mas sempre que nos encontramos Silvio é muito querido e me emociono todas as vezes. Se ele aprovou ou não, ainda não sei. Mas vou querer pedir a benção dele. Só vou fazer um bom ‘Silvio’ se o próprio me apoiar. Quero fazer para homenagear e demonstrar meu carinho e amor, e do Brasil inteiro também. Tomara que ele goste. Afinal, só dá para ser Silvio no cinema mesmo, na vida real o trono é todo dele.
Glamurama: O Silvio te inspirou na carreira de apresentador?
RF: Totalmente. Ele é grande inspiração desde que comecei a sonhar com a televisão. Silvio e o Chacrinha são meus dois grandes ídolos. Sempre me imaginei tendo um programa como o dele, receber o carinho das pessoas, mas nunca achei que fosse se realizar com tanta força e estaria de certa forma competindo pela audiência no domingo. É um grande prêmio poder viver meu ídolo no cinema.
Glamurama: Como será a preparação? O que você acha que será mais difícil na hora de interpretá-lo?
RF: Minha preparação vai ser extremamente complicada porque todos o conhecem, mas na televisão. No dia a dia o Silvio é diferente. O personagem do palco é mais fácil, embora eu não vá fazer uma imitação. O grande desafio na composição do personagem é o lado psicológico, íntimo: como é a personalidade dele, o Silvio empresário, no café da manhã, bravo, ao lado dos amigos. Preciso entender o ser humano antes do apresentador, de onde vem essa grandeza. Vou precisar estudar muito a vida dele e conversar com pessoas com quem convive como o Carlos Alberto de Nóbrega, as seis filhas, Guilherme Stoliar, Tiago Abravanel, o Jassa. Tudo isso para fazer um trabalho sem caricatura.
Glamurama: Quais características do apresentador mais gosta?
RF: Silvio é um vencedor e insubstituível. Sempre foi e será o maior comunicador deste país. Admiro a capacidade dele se reinventar, renovar seu público, estar tantos anos fazendo seu programa e todo mundo gostar dele, sem idades. O carisma, a capacidade de comunicação, grande pai de família, empresário, começou do nada e criou um império.
Glamurama: Tem algum momento marcante dele na sua vida?
RF: Nosso momento mais marcante foi quando o Silvio, na entrega do meu sexto Troféu Imprensa consecutivo, passou o programa para eu apresentar sozinho. Fiquei tão nervoso, só conseguia pensar que estava do lado do meu ídolo, que estava pedindo para eu apresentar um programa que ele fazia durante tantos anos.
Glamurama: O Silvio às vezes é politicamente incorreto e recentemente aconteceu o episódio com a Preta Gil (ele disse que ela estava gorda). O que você como apresentador acha disso?
RF: Não acho que ele seja politicamente incorreto. Nessa altura da vida ele é um cara sem filtro e fala o que pensa. sem se preocupar com a patrulha que existe na internet e nas redes sociais. Por falar o que pensa, às vezes acaba colhendo críticas e isso é normal.
Glamurama: Há rumores na imprensa de que o Silvio não autorizaria o filme e que alguns diretores da Record estariam insatisfeitos com o fato de você interpretá-lo por ser dono de outra emissora…
RF: Muito pelo contrário. Só recebi apoio de todo mundo, principalmente da Record. Eles me deram tudo o que eu tenho, inclusive minha grande chance (apresentar um programa de TV). E o fato de interpretar o Silvio, que é de outra emissora, não significa problema para nenhum dos lados. É bom para todo mundo! Sobre ele não ter aprovado é fofoca também. Gostaria muito que ele aprovasse, mas caso venha a notícia dele próprio estar descontente com a ideia, vou repensar. Não quero desagrada-ló, mas sim homenageá-lo em vida.