Por Michelle Licory
“Bethânia, Gal, Elba, Beth Carvalho, Elza Soares… Todas tem cabelão. O Tropicalismo foi tendência muito forte também de estilo. Então fiquei com aquela ideia de que cantora de MPB tem que ter… Cabelão”, nos confessou Roberta Sá. “Mas o curto é mais versátil, e veio relacionado a um desejo de mudança interna, de amadurecimento. Os 35 anos [completados em dezembro] me deram uma sensação de liberdade que aos 20 você não tem. Com a idade você ganha uma força, e o cabelo curto de certa forma traduz pra mim essa força de mulher moderna e decidida, com coragem, que quer mais. Comprido é mais romântico”.
“E se fios longos trazem movimento e um ar brejeiro para o palco, o curto é mais fácil de arrumar de um jeito interessante. Agora faço um babyliss em cinco minutos e me penteio sozinha até para um casamento. É mais cosmopolita, mais contemporâneo. E o loiro chama, sim, mais atenção. Meu cabelo estava quase virgem porque desde os 15 anos eu não pintava de loiro. Agora estou sentindo o resultado na rua [risos]” .
Nosso papo foi na casa do hairstylist Felipe Freitas, na Lagoa, Rio de Janeiro. Foi ele quem convenceu Roberta a fazer a repaginada. Felipe cuida das madeixas de glamurettes que vão de Mariana Ximenes a Maria Frering e também conversou com o Glamurama… “A gente deu um efeito queimado nas pontas e deixou a raiz – de uns dois dedinhos -mais escura para não ficar com um ar muito polido e porque não queria mexer na cor da sobrancelha. Ficou natural, nada fake, e contrastou bem com o tom da pele. Quanto ao corte, a Roberta deixou eu tirar o quanto quisesse do comprimento. Quando você encurta, o cabelo vira um acessório. Os looks dela com certeza ficarão diferentes com essa mudança de visual. A repaginada vestiu bem essa nova fase dela. Tirou o ar de garota, ficou mais profissional”.
Em tempo: Felipe ensinou um monte de penteado para cabelos nesse comprimento. O passo a passo, feito na própria Roberta, está no vídeo aqui embaixo. Play!
