O ano era 1990, o cenário era o quase desconhecido arquipélago de Fernando de Noronha, e a história envolvia amor proibido, traição e cenas pra lá de sensuais. Essa equação tinha tudo para gerar um grande reboliço, e gerou. Riacho Doce, minissérie da Globo escrita por Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn, uma adaptação da obra de José Lins do Rego, foi uma das produções mais polêmicas de todos os tempos. Protagonizada por Vera Fischer (Eduarda) e Carlos Alberto Ricelli (Nô), as cenas de romance e nudez constantes dos atores causaram polêmicas na imprensa brasileira e até no meio artístico. Na época, tinha quem julgava que aquilo era “demais”. Tanto que ao ser reprisada, em 1991, no Vale a Pena Ver de Novo, muitas das cenas foram cortadas por conta do horário. Agora, a trama está de volta ao Globoplay e sem cortes.
Para relembrar, na minissérie, Riacho Doce é uma tranquila vila de pescadores situada no litoral do Nordeste. Respeitada líder espiritual da comunidade, Vó Manuela (Fernanda Montenegro) pretende que seu neto, Nô (Carlos Alberto Riccelli), herde seu posto e não admite que ele se apaixone. Dotada de poderes místicos, ela fecha o corpo do rapaz para o amor. Por isso, todas as mulheres que se aproximam de Nô se tornam amaldiçoadas. Enquanto isso, o vilarejo recebe o casal sulista Eduarda (Vera Fischer) e Carlos (Herson Capri). Carlos pretende resgatar a carga de um navio afundado, o que provoca suspeita entre os moradores. Já Eduarda busca encontrar algo que lhe dê sentido à vida, em função das recentes crises existenciais pelas quais havia passado. Desafiando os poderes da autoritária avó, Nô se envolve com Eduarda, e os dois vivem um conturbado romance. No elenco, nomes consagrados como Ana Rosa, Nelson Xavier, Beth Goulart, entre outros.