Por Aline Vessoni para a Revista PODER de julho || Foto: Lucas de Freitas
Aos 79 anos, Thomas Case não suporta ouvir a palavra aposentadoria. Depois de ter vendido a Catho – empresa que fundou e que se tornou a maior do setor de recolocação profissional do país – em 2006 a um fundo de private equity, criou a Pés Sem Dor, que fabrica palmilhas ortopédicas em impressoras 3D. A expansão do negócio é constante, com abertura de duas novas unidades por mês, em média. A Pés Sem Dor dá como garantia a seus consumidores o fim das dores nos pés e nos tornozelos – é isso ou o dinheiro de volta. Segundo dados da própria companhia, 95% dos clientes estão satisfeitos.
O insight para a fundação da Pés Sem Dor veio de maneira similar à da Catho: a partir de uma necessidade pessoal de Case. No caso da última, o empresário inspirou-se nas cartas que escreveu para várias empresas buscando sua recolocação profissional após uma demissão; na Pés Sem Dor, em suas próprias dores. Para Case, a produção de palmilhas ortopédicas não era feita de maneira sistemática e eficiente no Brasil. “Adotamos uma mescla das expertises alemã, chinesa, norte-americana, inglesa e brasileira na produção das palmilhas, que são de TPU, um material termoplástico.” Foram oito anos de investimentos e de estudo para que Case colocasse de pé (e sem dor) o projeto. Empreendedorismo é mais do que vocação para ele. “É gostoso ir para a praia, mas um dia é suficiente. Vida pra mim é ter objetivos, traçar metas e vê-las acontecer. O que me faz viver é sentir o sangue fervendo nas veias todos os dias.”