Além de detestar o fato de que entrará para a história como o primeiro presidente dos Estados Unidos que não se elegeu com o voto popular no primeiro mandato, sofreu um processo de impeachment e ainda perdeu a reeleição, três atributos que nunca haviam caído sobre uma mesma pessoa antes, Donald Trump teria outros motivos para fazer de tudo a fim de não precisar deixar a Casa Branca no dia 20 de janeiro, quando o novo presidente eleito do país, Joe Biden, deverá ser empossado.
De acordo com a revista americana “New York”, que ouviu fontes próximas do atual chefe do executivo americano antes e depois da derrota dele no último pleito presidencial de lá, Trump também estaria praticamente quebrado e morrendo de medo de sofrer vários processos assim que a imunidade de seu cargo expirar, daqui a pouco mais de dois meses, e com isso ir parar na cadeia.
No que diz respeito às finanças do político, cujo patrimônio pessoal é estimado em US$ 2,5 bilhões (R$ 13,7 bilhões), é preciso explicar que a maior parte disso está em imóveis e outros ativos não líquidos, ou seja, bens e direitos que não podem ser facilmente convertidos em capital no curto prazo. Dado que Trump também teria acumulado muitas dívidas ao longo dos anos, inclusive na pessoa física, o problema nesse caso é que sua fortuna pessoal pode não ser mais suficiente para cobrir todas essas obrigações financeiras.
Já em relação aos eventuais problemas com a justiça que o futuro ex-presidente terá, o mais provável é que ele seja submetido a um escrutínio sobre suas formas de ganhar dinheiro, que nunca foram muito bem esclarecidas, e ainda sobre suas possíveis ligações suspeitas com investidores da China e da Rússia durante seu período em Washington. (Por Anderson Antunes)