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Renato de Cara || Créditos: Bruna Guerra

O ano de 2017 estava quase acabando quando Renato de Cara recebeu de André Sturm, Secretário de Cultura de São Paulo, o convite para a vaga de diretor do Museu da Cidade de São Paulo. Ele pensou durante uma semana e, no dia 27 de dezembro, com o departamento desfalcado por conta do período de férias, assumiu oficialmente o posto, passando a cumprir carga horária na sede administrativa do órgão público, que fica no Solar da Marquesa de Santos, no centro da cidade. Desde então comanda uma equipe de 30 funcionários, com núcleos de curadoria, museologia, educativo e administrativo, além de empresas terceirizadas que cuidam da segurança e limpeza dos locais que englobam o complexo chamado Museu da Cidade, sendo 13 espaços culturais mais a Oca do Ibirapuera e o Pavilhão das Culturas Brasileiras.

DESAFIO 

“Trabalhar em uma instituição pública é um desafio que nunca tinha tido e resolvi assumir”, explica o curador ao Glamurama, que por anos comandou a bem-sucedida Galeria Mezanino. “Na galeria eu tinha um pensamento próprio, o desenvolvimento do projeto era meu e focado em um universo específico. Aqui a gente lida com a maior população da América Latina e tem que ter um entendimento plural para oferecer uma proposta que agrade a quase todos.”

MISSÃO 

“Respondo diretamente ao André [Sturm] e estamos pensando em como tornar o museu de forma geral mais compreensível para a população, que inclusive não tem conhecimento do termo “Museu da Cidade”. Minha missão é fazer com que todos entendam o que é essa rede de museus com 15 espaços de arte”, afirma Renato. Em médio prazo, ele cita o desejo em manter aberto definitivamente o Pavilhão das Culturas Brasileiras, centro cultural projetado por Niemeyer no Parque do Ibirapuera – atualmente o espaço só abre para eventos pontuais, por conta de reformas. No segundo semestre, Renato de Cara ainda quer que aconteça por lá mais uma edição da semana de moda de São Paulo e também a semana de arte promovida por Emilio Kalil. Já a OCA vai ser palco em breve para megaexposição dedicada ao artista Ai WeiWei.

PRIMEIRO ATO 

O primeiro projeto concluído de sua gestão, que tem pouco mais de quatro meses, foi justamente levar a semana de moda de São Paulo, que rolou em abril, pela primeira vez ao Pavilhão das Culturas Brasileiras. Dois dias depois dos desfiles, Renato inaugurou na Casa da Imagem, no centro, a exposição “Equações da Metrópole” que tem como destaque uma foto-pintura de 16 metros de comprimento feita em 1920, por Valério Vieira (1862-1941), “única no mundo”, como orgulha-se o curador.

FULL TIME

Nome por trás da galeria Mezanino, que manteve por anos endereço fixo em Pinheiros, e depois passou a ter formato itinerante, Renato contou que decidiu interromper recentemente o projeto pra se dedicar ao Museu da Cidade. “O volume de assuntos do Museu é muito grande”, explica sobre o motivo da decisão. Mesmo assim, ainda encontra um tempo para dar consultoria para artistas de forma pontual.

OCUPAÇÃO

Os próximos passos de sua gestão? A abertura de exposições na Casa do Bandeirante, no Butantã, na Casa Sertanistas, no bairro de Caxingui e também Chácara Lane, na rua da Consolação. Nos dois primeiros centros culturais, Renato adiantou ao site que está em negociação com artistas contemporâneos, o que dará um frescor aos pontos de visitação.

CENÁRIO DA ARTE DE SP

“São Paulo é bem pujante com arte de várias expressões que fazem parte do dia a dia da cidade, seja música, teatro, cinema ou artes plásticas. É uma capital cultural por agregar influências do mundo todo e que deve ser cuidada com muito carinho.”

ACERVO

Sobre a coleção de obras do Museu da Cidade – só o Pavilhão das Culturas Brasileiras reúne mais de 15 mil peças entre arte popular e indígena – Renato elege o de fotografia como um dos mais relevantes. “A coleção de fotografias apresenta vários momentos da história de São Paulo, que se iniciou com Mario de Andrade e é sempre acessado pela Casa da Imagem.” (Por Julia Moura)

Reunimos abaixo as 15 instituições que formam o Museu da Cidade de São Paulo.

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