Se tem algo que iguala os “royals” aos plebeus é um vírus ameaçador, até porque ter sangue azul ou ser parte de famílias reais não protege ninguém em um cenário de pandemia como o que vivemos atualmente. A prova disso está no fato de que o arquiduque da Áustria, Karl von Habsburg, testou positivo para o Covid-19 dias atrás, enquanto a rainha e o rei da Espanha, Suas Majestades Letizia e Felipe VI, aguardam os resultados dos testes que fizeram recentemente para saber se contraíram ou não o novo coronavírus depois que mantiveram contato com pessoas infectadas com o “mal do momento”.
No caso do nobre austríaco, a boa notícia é que ele não está em um estado delicado de saúde, apesar de seus 59 anos que o colocam perto do grupo de risco do Covid-19 (pessoas com mais de 65 anos). “É chato, mas estou bem. Não é nada como a Peste Negra”, Karl disse ao jornal “Kleine Zeitung”. “A princípio, achei que estava com uma gripe qualquer”, contou o chefe da Casa Real de Habsburg-Lorraine, que tem mantido o bom humor diante da situação que o obrigou a ficar em quarentena e sem qualquer tipo de contato com os filhos, entre os quais a modelo Eleonore e o piloto de corrida Ferdinand.
Já em se tratando da realeza espanhola, que assim como a britânica tem uma agenda oficial para cumprir, a possibilidade de que Letizia e Felipe testem positivo para o Covid-19 pode ter implicações mais sérias. Isso porque, no pior dos cenários, os dois teriam que cancelar compromissos que de fato teriam impacto no futuro do país. Além disso, ambos se encontraram recentemente com políticos importantes, como o presidente da França Emmanuel Macron, a quem possivelmente poderiam ter transmitido a doença (ou de quem a contraíram, vai saber…).
Falando em eventos importantes, os Grimaldi mandaram adiar a edição desse ano do famoso Rose Ball, o baile de debutantes mais disputado da Europa, que é realizado há décadas no Principado de Mônaco e nunca passou por imprevisto parecido. Enquanto isso, a família real da Dinamarca cortou pela metade uma viagem de férias que fazia pela Suíça, uma vez que não pegaria nada bem entre seus súditos estar longe de casa numa hora dessas, e em basicamente todas as casas reais europeias o acesso a seus membros mais importantes, se no passado recente já era restrito, agora está ainda mais controlado.
Nadando contra a maré mesmo só os Windsors, que estão operando em modo “business as usual” apesar do vírus ainda incurável. Com 460 casos de Covid-19 confirmados no Reino Unido e uma declaração recente de Boris Johnson, o primeiro-ministro de lá, de que muitos britânicos ainda vão morrer disso, Elizabeth II nem sequer está usando suas tradicionais luvas nos encontros diários que mantém com autoridades. Já o filho e herdeiro natural dela, o príncipe Charles, adotou como medida extraordinária distribuir namastês ao invés de apertos de mão em seus outings a serviço da Coroa. (Por Anderson Antunes)