Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte, conta para o Glamurama como será a sexta edição da SP-Arte.

A SP-Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo – abre sua sexta edição no próximo dia 29. O coquetel de inauguração será no dia 28, no Pavilhão da Bienal, do Parque do Ibirapuera. A diretora do evento, Fernanda Feitosa, espera receber um público de mais de 15 mil pessoas, recorde da feira. Glamurama aproveitou para bater um papo com ela e saber as novidades deste ano.
Como será a SP-Arte 2010? Qual é a sua expectativa?
“Dobramos de tamanho em relação à primeira edição. Começamos com 40 galerias, hoje estamos com 80, 70 brasileiras e 10 estrangeiras. A nossa expectativa é superalta, baseada e calcada nos resultados do ano passado. O mercado está bastante aquecido com colecionadores e convidados.”
Você sente mais interesse do público estrangeiro na feira?
“A feira já entrou no calendário internacional, está gerando várias repercussões. Recebemos um e-mail da diretora do instituto norte-americano Smithsonian, maior complexo de museus do mundo, dizendo que vem. Também tivemos a confirmação da vinda do ministro da cultura do Paraguai e de algumas galerias internacionais que não participam, mas vêm para conhecer.”
Você acha que a feira já ajudou a mudar a percepção do brasileiro para a arte? Já existem iniciativas que tenham como finalidade doar obras para os acervos dos museus brasileiros?
 
“Com certeza! Carlinhos Jereissati, do Iguatemi, que é parceiro e adora arte, começou em 2008 com um prêmio de doação. Este ano ele vai comprar R$ 80 mil em arte na feira e doará as obras para dois museus previamente escolhidos. Este ano os agraciados serão a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o MAM da Bahia. Os bancos Itaú e Espírito Santo também vão doar obras para museus. Fora do Brasil a maioria dos museus de arte vive disso, aqui essa tradição começou de fato na SP Arte.”
O que falta para a SP-Arte se tornar referência no mundo das artes, como a Basel, na Suíça, a Arco, na Espanha, e outras importantes feiras do mundo?
“Ela já é referência no mercado local e estamos nos preparando para que ela se torne a maior e mais relevante da América Latina. Das dez galerias estrangeiras que vêm, cinco participam das maiores feiras do mundo. Isso é importantíssimo, um carimbo de qualidade. O grande problema ainda é o que diz respeito às barreiras alfandegárias, que limitam nosso crescimento. As obras daqui acabam saindo por 50% a mais. Estamos lutando para que se diminuam essas barreiras.”

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