O jornalista inglês Robert Jobson, que cobre a família real do Reino Unido há mais de 30 anos, vai lançar nas próximas semanas um livro em que aborda os 70 anos recém-completados do príncipe Charles mas cuja maior revelação não diz respeito ao biografado, mas sim à mãe dele, a rainha Elizabeth II. Para escrever a obra intitulada “Charles at Seventy: Thoughts, Hopes and Dreams” (“Charles aos Setenta: Pensamentos, Desejos e Sonhos”), o royal expert teve acesso irrestrito à rotina do herdeiro do trono britânico, a quem entrevistou em várias ocasiões, e ouviu do próprio que a monarca decidiu há algum tempo atrás não viajar mais de avião. Isso significa que ela dificilmente vai deixar seu país novamente, como fez inúmeras vezes no passado.
O motivo por trás da “aposentadoria aérea” tem a ver principalmente com a idade avançada dela, que em abril completa 93 primaveras. O fato de que quase todos os países do mundo já receberam a visita da soberana que mais viajou em toda a história ao longo de suas mais de seis décadas no posto também pesou, uma vez que ela simplesmente não tem mais pra onde ir a fim de “ver e ser vista”. Hoje em dia quem a representa internacionalmente é Charles, que se tornou um dos passageiros mais frequentes da British Airways – ao contrário do que muitos pensam, os Windsors evitam ao máximo viajar em jatinhos e preferem os voos comerciais nos compromissos oficiais.
Ainda segundo Jobson, o príncipe de Gales e sua mãe nunca viajaram juntos de avião, por questões de segurança (perder um ocupante do trono e seu sucessor em um eventual acidente poderia gerar uma crise). Mas essa regra básica não é seguida pelo príncipe William, que vira e mexe voa com o filho mais velho, o príncipe George, o que faz com o aval da avó. Nesse caso a rainha entende, de acordo com o jornalista, que a tarefa de se preocupar com questões de sucessão que envolvam o marido de Kate Middleton não é sua, mas sim de seu primogênito. (Por Anderson Antunes)